Além disso, doenças e problemas de saúde também aumentam as chances.
Idosos e crianças são os que mais costumam cair; veja como se proteger.
Todo mundo já caiu alguma vez na vida. Mas como identificar se essa
queda é apenas uma distração ou por causa de um obstáculo na rua ou algo
mais preocupante? É importante saber que levar um tombo pode ser um
simples acidente, mas pode ser também um sinal de problema de saúde,
como alertou o ortopedista Luiz Batata no Bem Estar desta segunda-feira
(10).
Dados mostram que as quedas são a principal causa de morte de idosos no
Estado de São Paulo – em até 44% dos casos, as consequências podem ser
graves. E não são só os mais velhos que sofrem com o problema, mas
também crianças menores de 5 anos, como explicou o ortopedista.
De acordo com a fisioterapeuta Laura Proença, o risco de queda aumenta
se a pessoa já caiu. Além disso, se ela toma 4 ou mais remédios
continuamente, como calmantes e laxantes, ou se tem problemas e doenças
associados, como dificuldades de visão, hipoglicemia, depressão,
incontinência urinária, osteoporose e até mesmo diabetes descontrolada, a
chance de cair também pode aumentar.
Por isso, é preciso investigar a origem da queda, também porque nos
idosos, ela pode ser o início do processo degenerativo do corpo. Entre
as lesões mais preocupantes, estão as fraturas de fêmur, punho e
quadril. No entanto, como explicou o ortopedista, já existem cirurgias e
próteses que permitem que o paciente volte a andar em poucos dias.
Para evitar que as quedas voltem a acontecer, a dica é treinar o
equilíbrio e a musculatura com exercícios simples no dia a dia, que já
aumentam a resistência e reduzem o risco de quedas.
Há ainda a possibilidade de exercícios que "ensinam" a cair, como mostrou a reportagem da Marina Araújo.
Segundo o reeducador do movimento Ivaldo Bertazzo, saber cair é
importante para evitar lesões maiores e consequências mais graves.
Por exemplo, para melhorar o equilíbrio, a dica é utilizar sempre uma
superfície instável, como colchões e colchonetes, e caminhar descalço
sobre ela levantando os pés, com um apoio para os braços. De acordo com a
fisioterapeuta Laura Proença, esse exercício simples já ajuda a treinar
o corpo e estimular o equilíbrio para prevenir quedas.
Subir e descer uma escada ajuda também a melhorar a força muscular,
assim como carregar sacolas e colocar e tirar objetos de uma prateleira,
atividades simples do dia a dia. Até mesmo arrumar a cama e agachar
para colocar uma meia e um sapato, como mostrou a fisioterapeuta, também
podem reduzir o risco de quedas porque são atividades que melhoram a
flexibilidade.
Além disso, a fisioterapeuta Laura Proença recomenda que a colcha da
cama seja mais curta, que o sapato seja antiderrapante e fechado e que o
quarto esteja iluminado, principalmente para quem costuma acordar muito
durante a noite. É bom ainda ter um telefone por perto porque, caso a
pessoa esteja sozinha, ela pode pedir ajuda com facilidade.
Em alguns casos, é indicado até mesmo o uso de uma bengala. Como a
repórter Marina Araújo, a aposentada Ana Lyrs, de 87 anos, e o
aposentado Odair Buarque de Gusmão, de 91 anos, usam o acessório para se
manterem firmes e equilibrados.
De acordo com o ortopedista Luiz Batata, a bengala não só previne
quedas, mas melhora muito a qualidade de vida da pessoa, se for bem
utilizada e tiver a altura adequada. Para identificar se o paciente
precisa ou não do recurso, é só observar: se ele demorar mais de 10
segundos para andar 10 metros, é um sinal de alerta, como mostrou a
reportagem.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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