Avião e ônibus têm exigências para transporte de pets; veja.
Homeopatia e alimentação adequada podem garantir passeio tranquilo.
Homeopatia e alimentação adequada podem garantir passeio tranquilo.
As viagens de fim de ano e férias se aproximam e, em alguns roteiros,
há um viajante que não fica de fora: o animal de estimação. Transportar
cães e gatos em avião, ônibus ou carro exige algumas regras e, por isso,
é melhor não deixar o planejamento para a última hora. O G1
perguntou à Fernanda Fragata, médica veterinária formada pela
Universidade de São Paulo e diretora do Hospital Veterinário Sena
Madureira, quais as dicas para evitar que o passeio torne-se estressante
para o dono e para o pet.
Avião
Para as viagens aéreas, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) exige que cães e gatos tenham atestado de saúde emitido por veterinário vinculado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). “O melhor é que quem faça essa avaliação seja o veterinário que já acompanha e conhece o animal”, sugere Fernanda.
Ela também alerta para as diferenças entre a legislação nacional e a internacional. “Em caso de viagens para outros países, o animal precisa seguir as normas de ambos os locais”, explica.
A contadora Cristiane Farias viajou com Baco, um cachorro da ração
Cimarron Uruguaio, do Uruguai até o Rio de Janeiro. Entre os trâmites
necessários, precisou de um certificado do Consulado Brasileiro em
Montevidéu atestando que o animal poderia entrar no Brasil.
Baco, que tem cerca de 45 kg, viajou no compartimento de carga da aeronave. "Fiz a reserva com antecedência, quando comprei a passagem. Na hora do check-in, pesaram o Baco já dentro da caixa de transporte e paguei pelo excesso de bagagem", conta Cristiane.
As opções de transporte dos pets variam em cada companhia aérea. A TAM permite que o animal viaje na cabine de passageiros, desde que o peso dele somado ao da caixa não ultrapasse os 10 kg. Já na American Airlines, em voos saindo ou com destino ao Brasil, pets viajam no compartimento de carga da aeronave.
A caixa de transporte, uma exigência das companhias, deve ter tamanho suficiente para que o animal não fique impossibilitado de se mover e consiga ficar em pé ou deitado. No caso de Baco, a caixa comprada era "a maior disponível na loja", relembra Cristiane.
Quando há animais viajando como carga viva, o piloto precisa ser informado, para pressurizar o porão e deixá-lo com as mesmas condições de ventilação e temperatura da cabine de passageiros. "Estava muito preocupada, então, além de confirmar a viagem do Baco no balcão de check-in, pedi para a aeromoça avisar o piloto antes da decolagem", comenta.
Após o voo, um funcionário da companhia aérea aguardava Cristiane na
área de desembarque com o cão. "O Baco estava acordado, mesmo tendo
tomado um remédio tranquilizante indicado pelo veterinário. O tamanho
dele chamou atenção de algumas crianças, que ficavam perguntando se era
um leão", diverte-se a dona.
Ônibus
De acordo com a regulamentação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a viagem de pets é permitida desde que eles estejam dentro do limite de peso estabelecido, sejam transportados em caixas apropriadas e não coloquem a si mesmos e aos demais passageiros em risco.
No entanto, antes de comprar a passagem, é aconselhável consultar a empresa de ônibus responsável pelo trajeto, já que a regra pode mudar dentro de cada estado. Nas viagens intermunicipais dentro de São Paulo, por exemplo, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) estabelece que o passageiro pode viajar com um animal de no máximo 8 kg, dentro da caixa de transporte. O dono deve portar um atestado sanitário emitido há, no máximo, três dias antes da viagem por um veterinário ligado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária.
O recipiente com o animal deve viajar na poltrona ao lado do dono, que precisa pagar pelo assento extra. Além disso, há o limite de dois animais em cada ônibus.
Carro
Mesmo sem as regras aplicadas às viagens de avião e ônibus, a veterinária Fernanda aconselha que, no carro, o animal também fique dentro da caixa de transporte, para a segurança dos passageiros e dele próprio. “Isso evita que o motorista fique distraído ou se assuste com algum movimento do animal. Já em caso de acidente, o bicho pode ficar machucado e até ser lançado para fora do veículo”, comenta.
A caixa pode ficar no chão do carro ou em cima do banco, presa ao cinto de segurança. A veterinária também cita cadeirinhas e cinto de segurança próprios para pets como outra opção de transporte.
Dicas para a viagem
Um dos motivos de maior tensão antes e durante a viagem é o comportamento do animal dentro da caixa de transporte, segundo Fernanda. Para acostumar o pet a ficar dentro da caixa, ela sugere colocar alguns brinquedos lá dentro, fazer passeios curtos e até oferecer comida como recompensa. "Cães e gatos associam cada situação a uma consequência. É importante mostrar que o tempo dentro da caixa terá um objetivo prazeroso", afirma.
Apesar da sedação ser evitada por causar efeitos colaterais indesejados, animais mais agitados podem fazer uso de medicação natural e homeopática, sob prescrição do veterinário. Porém, Fernanda aconselha fazer um teste antes, em um dia em que o dono esteja em casa e possa observar os efeitos do tranquilizante.
Já em relação à alimentação, o ideal, segundo a veterinária, é diminuir a quantidade de comida oferecida ao animal antes e durante a viagem para evitar enjoos e vômito. Em viagens curtas, o dono deve oferecer alimento até duas horas antes do embarque. Já para distâncias maiores, em que o tempo ultrapasse oito horas, o animal deve fazer uma refeição leve pouco antes do embarque. “Filhotes suportam bem até oito horas em jejum, e adultos, 12. Assim, é possível evitar que os pets sintam mal estar sem sofrer com fome”, explica Fernanda.
Por fim, a médica veterinária comenta que as viagens podem deixar os animais extremamente agitados ou, por outro lado, sonolentos e cansados. Chegando ao destino final, é importante oferecer água e comida e ficar atento ao comportamento do pet, até que se normalize.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
Avião
Para as viagens aéreas, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) exige que cães e gatos tenham atestado de saúde emitido por veterinário vinculado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). “O melhor é que quem faça essa avaliação seja o veterinário que já acompanha e conhece o animal”, sugere Fernanda.
Ela também alerta para as diferenças entre a legislação nacional e a internacional. “Em caso de viagens para outros países, o animal precisa seguir as normas de ambos os locais”, explica.
Apesar da preocupação da dona, Baco foi bem comportado durante viagem (Foto: Arquivo Pessoal)
Baco, que tem cerca de 45 kg, viajou no compartimento de carga da aeronave. "Fiz a reserva com antecedência, quando comprei a passagem. Na hora do check-in, pesaram o Baco já dentro da caixa de transporte e paguei pelo excesso de bagagem", conta Cristiane.
As opções de transporte dos pets variam em cada companhia aérea. A TAM permite que o animal viaje na cabine de passageiros, desde que o peso dele somado ao da caixa não ultrapasse os 10 kg. Já na American Airlines, em voos saindo ou com destino ao Brasil, pets viajam no compartimento de carga da aeronave.
A caixa de transporte, uma exigência das companhias, deve ter tamanho suficiente para que o animal não fique impossibilitado de se mover e consiga ficar em pé ou deitado. No caso de Baco, a caixa comprada era "a maior disponível na loja", relembra Cristiane.
Quando há animais viajando como carga viva, o piloto precisa ser informado, para pressurizar o porão e deixá-lo com as mesmas condições de ventilação e temperatura da cabine de passageiros. "Estava muito preocupada, então, além de confirmar a viagem do Baco no balcão de check-in, pedi para a aeromoça avisar o piloto antes da decolagem", comenta.
No aeroporto, crianças pensaram que Baco era um
leão dentro da caixa de transporte (Foto: Arquivo Pessoal)
leão dentro da caixa de transporte (Foto: Arquivo Pessoal)
Ônibus
De acordo com a regulamentação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a viagem de pets é permitida desde que eles estejam dentro do limite de peso estabelecido, sejam transportados em caixas apropriadas e não coloquem a si mesmos e aos demais passageiros em risco.
No entanto, antes de comprar a passagem, é aconselhável consultar a empresa de ônibus responsável pelo trajeto, já que a regra pode mudar dentro de cada estado. Nas viagens intermunicipais dentro de São Paulo, por exemplo, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) estabelece que o passageiro pode viajar com um animal de no máximo 8 kg, dentro da caixa de transporte. O dono deve portar um atestado sanitário emitido há, no máximo, três dias antes da viagem por um veterinário ligado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária.
O recipiente com o animal deve viajar na poltrona ao lado do dono, que precisa pagar pelo assento extra. Além disso, há o limite de dois animais em cada ônibus.
Carro
Mesmo sem as regras aplicadas às viagens de avião e ônibus, a veterinária Fernanda aconselha que, no carro, o animal também fique dentro da caixa de transporte, para a segurança dos passageiros e dele próprio. “Isso evita que o motorista fique distraído ou se assuste com algum movimento do animal. Já em caso de acidente, o bicho pode ficar machucado e até ser lançado para fora do veículo”, comenta.
A caixa pode ficar no chão do carro ou em cima do banco, presa ao cinto de segurança. A veterinária também cita cadeirinhas e cinto de segurança próprios para pets como outra opção de transporte.
Dicas para a viagem
Um dos motivos de maior tensão antes e durante a viagem é o comportamento do animal dentro da caixa de transporte, segundo Fernanda. Para acostumar o pet a ficar dentro da caixa, ela sugere colocar alguns brinquedos lá dentro, fazer passeios curtos e até oferecer comida como recompensa. "Cães e gatos associam cada situação a uma consequência. É importante mostrar que o tempo dentro da caixa terá um objetivo prazeroso", afirma.
Apesar da sedação ser evitada por causar efeitos colaterais indesejados, animais mais agitados podem fazer uso de medicação natural e homeopática, sob prescrição do veterinário. Porém, Fernanda aconselha fazer um teste antes, em um dia em que o dono esteja em casa e possa observar os efeitos do tranquilizante.
Já em relação à alimentação, o ideal, segundo a veterinária, é diminuir a quantidade de comida oferecida ao animal antes e durante a viagem para evitar enjoos e vômito. Em viagens curtas, o dono deve oferecer alimento até duas horas antes do embarque. Já para distâncias maiores, em que o tempo ultrapasse oito horas, o animal deve fazer uma refeição leve pouco antes do embarque. “Filhotes suportam bem até oito horas em jejum, e adultos, 12. Assim, é possível evitar que os pets sintam mal estar sem sofrer com fome”, explica Fernanda.
Por fim, a médica veterinária comenta que as viagens podem deixar os animais extremamente agitados ou, por outro lado, sonolentos e cansados. Chegando ao destino final, é importante oferecer água e comida e ficar atento ao comportamento do pet, até que se normalize.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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