sábado, 7 de dezembro de 2013

HISTÓRIA DE NELSON MANDELA, EX-PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL

 
         

Vida e estudos

Eu gosto de amigos que têm mentes independentes, porque eles tendem a fazer você ver os problemas por todos os ângulos"

1918

Nasce em 18 de julho no clã Madiba, no vilarejo de Mvezo. Seu pai, Henry Gadla Mphakanyiswa, era chefe do vilarejo e teve quatro mulheres e 13 filhos

1939

Cursa Artes na Universidade de Fort Hare, onde conhece o amigo Oliver Tambo. Ambos foram expulsos dois anos depois por ativismo político

1941

Obrigado pelo rei de sua tribo a se casar, foge para Johanesburgo e conhece Walter Sisulu, um futuro amigo pessoal e mentor no ativismo antiapartheid (na foto, os dois estão na prisão, em 1966)
Fotos: Museu da África de Johanesburgo; The Peto Collection/University of Dundee; Robben Island Museum
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Casamento e filhos

Uma boa cabeça e um bom coração são sempre uma combinação formidável. Ao adicionar a isso uma língua alfabetizada ou uma caneta, então você tem algo realmente especial"

1944

Casa-se com uma prima de Sisulu, a enfermeira Evelyn Mase. Tem dois filhos e duas filhas – uma delas morreu ainda na infância. Os dois se separam em 1955 e efetivam o divórcio em 1958

1958

Tem seu segundo casamento com a assistente social Nomzamo Winnie Madikizela. Os dois têm dois filhos e se divorciam em 1996 por divergências políticas que vieram a público

1998

No dia de seu 80º aniversário, casa-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano
Fotos: Nelson Mandela Museum; AFP; WTN/AFP

Trajetória no CNA

Muitas pessoas neste país pagaram o preço antes de mim, e muitas irão pagar depois de mim"

1942

Começa a frequentar informalmente reuniões do Congresso Nacional Africano (CNA), grupo multirracial que iria lutar contra o apartheid, o regime de segregação racial

1948

O Partido Nacional ganha as eleições do país e começa a implementar a política de apartheid. No mesmo ano, torna-se secretário nacional da Liga Jovem do CNA

1952

Já presidente da Liga Jovem do CNA, é escolhido líder da campanha de oposição contra seis leis consideradas injustas. Acusado sob a Lei de Supressão do Comunismo, é preso com 19 colegas e condenado a trabalhos forçados. Ele negou ser comunista. Livros recentes de um historiador britânico mostram documentos que indicam que Mandela fez parte do partido comunista. E o CNA tem uma aliança histórica com o Partido Comunista
Fotos: Emilie Chaix/Photononstop/AFP; Robben Island Museum

Guerrilha

Eu não tinha nenhuma crença, a não ser que a nossa causa era justa, era muito forte e estava ganhando cada vez mais apoio"

1955

Ajuda a articular o Congresso do Povo, consolidando as ideias antiapartheid em um documento chamado Carta da Liberdade. No fim do ano, é preso com outros 155 ativistas

1960

Em março, a polícia mata 69 manifestantes desarmados em um protesto contra o governo em Sharpeville. O Partido Nacional declara estado de emergência no país e bane o CNA

1961

É absolvido no processo da prisão de 1955 e torna-se líder da guerrilha Umkhonto we Sizwe

1962

Deixa o país ilegalmente para viajar pela África e receber treinamento militar. É preso em agosto, ao retornar, e condenado a cinco anos de prisão
Fotos: Eli Weinberg/IDAFSA

Anos na Prisão

Cultivei o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. Este é um ideal pelo qual eu espero viver e alcançar"

1964

Mandela e outros sete colegas julgados por sabotagem são sentenciados à prisão perpétua. Ele é levado para a Ilha de Robben, onde passa 18 anos preso, usando o número 46664

1982

É transferido para a prisão Pollsmoor, no continente, onde fica preso por mais nove anos (na foto, a cela de Mandela em Robben)

1985

Inicia o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia que ele não voltasse à luta armada. Passa por uma cirurgia na próstata e, ao voltar à prisão, fica sozinho em uma cela
Fotos:AFP; Emilie Chaix/Photononstop/AFP

Soltura e Nobel da Paz

Se eu tivesse meu tempo novamente, faria tudo igual, assim como qualquer homem que se atreve a chamar a si mesmo de homem"

1990

Em 2 de fevereiro, o Congresso Nacional Africano (CNA) é reinstituído. No dia 11, é solto e, em um evento transmitido mundialmente, diz que continuaria lutando pela igualdade racial no país

1991

Mandela é eleito presidente do CNA. Encabeça uma série de articulações políticas que culminaram nas primeiras eleições democráticas e multirraciais do país

1993

Divide com Frederik de Klerk, eleito presidente da África do Sul, o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para trazer a paz ao país
Fotos:AFP; Gerard Julien/AFP
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Presidente aos 75 anos

Os verdadeiros líderes devem estar prontos para sacrificar tudo pela liberdade de seu povo"

1994

Em 27 de abril, a África do Sul tem as primeiras eleições democráticas de sua história. O CNA ganha com 62% dos votos, e Mandela, aos 75 anos, torna-se o primeiro líder negro do país

1995

A África do Sul sedia a Copa do Mundo de Rúgbi. Mandela apoia a (futura campeã) seleção nacional, composta por atletas brancos, em um dos primeiros passos simbólicos para a reconciliação do país

1999

Não se candidata à reeleição e se aposenta da carreira política. Passa a viver parte de seu tempo em sua casa no vilarejo de Qunu, onde passou a infância
Fotos: AP
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Saúde fragilizada

A morte é algo inevitável. Quando um homem já fez o que ele considera ser seu dever perante suas pessoas e seu país, ele pode descansar em paz"

2001

É diagnosticado e tratado contra um câncer de próstata

2010

Faz sua última aparição pública, durante a Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul

2011

É internado com problemas respiratórios, decorrentes de uma tuberculose contraída na prisão. É liberado após dois dias

2012/2013

Em fevereiro, é internado com dores abdominais. Em dezembro, é identificada uma infecção pulmonar, que o deixa 18 dias no hospital. Foram cinco internações em cerca de dois anos. Em 2013, foram duas internações: 28 de março e 8 de junho, ambas por infecção pulmonar
Fotos: Matt Dunham/AP; AP; Jacquelyn Martin/AP;
 





FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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