terça-feira, 1 de outubro de 2013

Top 10 Locutores Esportivos do Brasil


No rádio ou na televisão, os narradores esportivos é que dão maior emoção no lance a lance nas transmissões ao vivo. No Brasil, vários são famosos por bordões e por eternizar momentos inesquecíveis dos esportes, principalmente os do futebol. Confira um Top 10 dos melhores narradores esportivos brasileiros.

Galvão Bueno durante entrevista coletiva de Tite e Alessandro, do Corinthians, durante o Mundial de Clubes 2012, …
 
Onde trabalha? Rede Globo.
Quando começou na carreira? Em 1974, trabalhando no rádio.
Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno já passou pelo rádio e por outras emissoras como TV Gazeta e Bandeirantes, mas foi na Globo que ganhou notoriedade e desenvolveu a maior parte da sua carreira. Desde o final da década de 80 é o principal narrador da emissora carioca. Mas o fato não o faz ser uma unanimidade entre os torcedores e críticos que, a cada erro ou manifestação mais exagerada do narrador, fazem com que ele vire o assunto mais comentado nas redes sociais. Mesmo com torcida contra, Galvão narrou várias partidas de futebol, com destaque para a transmissão das finais da Copa do Mundo de 1994 e 2002, vibrou com a Seleção brasileira na Copa das Confederações em 2013 e eternizou a Fórmula 1 nas manhãs de domingo, especialmente na era Ayrton Senna. Mais recentemente ganhou destaque no UFC, apelidando os lutadores de 'gladiadores do terceiro milênio'.

Luciano do Valle (Foto: Divulgação)
 
Onde trabalha? Rede Bandeirantes.
Quando começou na carreira? Em 1963, no rádio.
Apesar de ter experiência e início de carreira no rádio, Luciano do Valle é um dos mais clássicos narradores de esporte da televisão e transita em várias modalidades com a mesma desenvoltura que costuma desempenhar nas transmissões de futebol. Na telinha, passou por várias emissoras como Rede Globo (1971-1982), SBT (2003), Rede Record (1982-1983, 2004-2006) e Rede Bandeirantes (1983-2003, 2006-presente). Além disso, Luciano foi percussor na administração de carreira de atletas. Foi empresário de Renan, um dos pilares da geração de prata do vôlei brasileiro e de Maguila, um dos maiores boxeadores brasileiros. Nas duas primeiras décadas na Band, consagrou o slogan "Canal do Esporte", que acabou virando um apelido da emissora. Luciano ficou nesse período à frente do Show do Esporte, programa dominical que apresentava todo o tipo de evento esportivo, desde jogos de sinuca, boxe, automobilismo e esportes olímpicos. O apresentador e narrador superou as sequelas de um recém-sofrido AVC e vem conquistando a credibilidade depois de uma fase de muitas críticas por uma sequência de gafes trocando nome de jogadores e times. Em plena atividade e principal narrador da Band, comemora 50 anos de carreira em 2013.

José Silvério (Foto: Divulgação/Rádio Bandeirantes)
 
José Silvério
Onde trabalha? Rádio Bandeirantes
Quando começou na carreira? Em 1963, na Rádio Cultura de Lavras (MG)
O mineiro José Silvério de Andrade, de brincadeira, acabou descobrindo a profissão que o consagrou no rádio brasileiro. Quando criança, narrava as partidas de futebol de botão dos amigos. Foi assim que foi descoberto pelo diretor da Rádio Cultura. Estreou no rádio em julho de 1963 narrando a partida entre Olímpica de Lavras contra o Bragantino. A carreira deslanchou. De lá, foi para as rádios Itatiaia e Inconfidência, de Belo Horizonte, Continental, do Rio de Janeiro e a Rádio Tupi, de São Paulo. Em 1975 estreou na Rádio Jovem Pan e ficou lá por 25 anos. Ele era o segundo locutor, atrás de Osmar Santos e virou titular em 1977. Desde 2000, o "Pai do gol" trabalha para a Rádio Bandeirantes de São Paulo e em 2013 também comemora 50 anos de carreira. Nesse meio de século de história já narrou mais de 20 modalidades esportivas. No futebol cobriu todas as Copas do Mundo desde 1978, perpetuando o jargão "E que gol!" e vivendo situações inusitadas como a transmissão de um treino da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1986. Imitando o mestre Ary Barroso, sem autorização para narrar do estádio, Silvério subiu em uma árvore, de onde avisava o repórter de campo Wanderley Nogueira sempre que não conseguia ver algum lance, para que ele o ajudasse com a narração.

Osmar Santos
 
Quando começou na carreira? Na década de 60, no rádio.
Mesmo sem estar em atividade, Osmar é um dos maiores narradores do esporte brasileiro. Formado em Direito, Administração e Educação Física, o "Pai da Matéria" fez parte de uma das equipes mais clássicas da Rádio Globo. Na década de 80, ficou conhecido como o locutor das Diretas Já, por sua participação em vários comícios políticos. Na TV, entre muitos eventos realizados, destaque para a transmissão da Copa do Mundo de 1986. Osmar era o principal locutor da Rede Globo e narrou o evento ao lado de Galvão Bueno e Luís Alfredo . Quatro anos depois, fez para a Rede Manchete a transmissão da Copa do Mundo de 1990 com comentários de Zagallo. Em 1994, depois de um acidente em que foi atingido por um caminhoneiro bêbado, Osmar teve, entre outras consequências, a fala comprometida e abandonou a carreira sem o seu principal instrumento de trabalho. Atualmente dedica-se às artes trabalhando como artista plástico. Seus bordões ainda estão na memória dos torcedores brasileiros. Entre eles o famoso "Parou por quê, por que parou?". Entre suas expressões inesquecíveis, estão: Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha, "Um prá lá, dois prá cá, é fogo no boné do guarda", "Sai daí que o Jacaré te abraça, garotinho", "No carocinho do abacate" "ai garotinho", "vai garotinho porque o placar não é seu" e uma das narrações de gol mais marcante do rádio brasileiro "E que GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL". Também foi Osmar Santos quem criou a expressão "Animal", que melhor representou o jogador Edmundo, terminando por se tornar a sua marca registrada. Seu irmão Oscar Ulisses comanda a equipe de esportes da Rádio Globo. Seu outro irmão Odinei Edson narra a Fórmula 1 para a Rádio Bandeirantes. Na Bandeirantes trabalha também o seu primo Ulisses Costa.
 
Quando começou na carreira? Nas décadas de 40 e 50, na Rádio Cruzeiro do Sul, do RJ.
Muitos conhecem Ary Barroso como o compositor famoso por músicas como "Aquarela do Brasil", "Tabuleiro da baiana", "Rancho fundo", entre outras. Mas não foi como advogado de formação e nem como músico que ele se consagrou na locução esportiva. Ary começou no rádio em 1943 apresentando o programa "A hora do calouro", revelando vários talentos musicais da época. Torcedor fervoroso do Flamengo, ele foi o percussor de uma narração irreverente. Se negava a narrar o gol do adversário. Se era contra o seu time do coração, gritava "Ih, lá vem os inimigos. Não vou nem olhar". Para comemorar, usava efeitos sonoros como buzinas, sirenes e até uma gaita, por isso virou "o homem da gaitinha". Certa vez, depois de muitas críticas, foi impedido pela diretoria do Vasco de entrar no Estádio de São Januário para transmitir um jogo entre o time da casa e o Fluminense. Ele subiu no telhado da vizinhança e narrou o jogo auxiliado por um técnico da rádio e binóculos. A transmissão da Copa do Mundo de 1950, em pleno Maracanã, foi emblemática. Após a derrota da seleção, Ary, às lágrimas, anunciou no ar que não iria mais narrar nenhum jogo. "A voz do gol" se calou em 1964 com o Brasil bicampeão mundial.
 
Luiz Noriega
Quando começou na carreira? Na década de 50, no rádio.
Luiz é considerado um dos principais nomes da locução esportiva da televisão brasileira. Começou nas transmissões da rádio de sua cidade natal, Olímpia, e passou por outras emissoras como a rádio Tamandaré de Recife e Tupi, onde integrou a famosa "Equipe 1040" no rádio e também as equipes de jornalismo e esporte da emissora pioneira da televisão brasileira. Em 1969, comandou ao lado de Orlando Duarte, a memorável equipe de esportes da TV Cultura de São Paulo que lançou o "É hora do Esporte" primeiro noticiário esportivo no horário do almoço, a primeira revista eletrônica esportiva da TV brasileira (Esportevisão), e transmissões que usavam o cronômetro e o videoteipe, novidades tecnológicas da época. Anos depois, Noriega passou por várias empresas como a BBC. O pai do jornalista Maurício Noriega faleceu em 26 de dezembro de 2012, aos 82 anos.
 
Onde trabalha? Rede TV e Rádio Transamérica
Quando começou na carreira? Nos anos 50, no rádio.
Silvio é filha de uma locutora de rádio, uma das percussoras mulheres na profissão, e por isso, sua paixão pelo veículo começou bem cedo. Na adolescência passou a fazer parte do setor de esportes. Foi repórter de campo na TV Paulista, Rádio Bandeirantes, TV Excelsior, na TV Record (1979-1986). Nesta última foi diretor de programação. Já como locutor esportivo, especializado em futebol, Silvio também trabalhou no SBT (1996-1998) e na Band (1986-1996, 1998-2008). Na Bandeirantes, mesmo tendo sido o cara que inaugurou uma transmissão ao vivo da emissora, foi colocado para escanteio no canal pago do grupo e ficou fora da Copa do Mundo de 2010. Pediu demissão antes do evento. Após o Mundial, passou a fazer parte da equipe de esportes da Rede TV. Atualmente também é comentarista na Rádio Transamérica. É conhecido pela irreverência, sarcasmo e timbre de voz inconfundível. Afirma nunca ter gritado "gol" em uma transmissão, mas imortalizou o bordão "Olho no lance!" na narração de jogos e na série de jogos Pro Evolution Soccer.
 
Fiori Giglioti
Quando começou na carreira? Em 1947, no rádio.
O paulista de Barra Bonita começou a carreira de locutor esportivo em 1947. Passou pelas rádios Clube de Lins (SP), Rádio Cultura de Araçatuba (SP), Rádio Bandeirantes, Rádio Panamericana (atual Jovem Pan), Rádio Tupi, Rádio Record e a útlima, Rádio Capital de São Paulo. Foi uma das vozes mais marcantes da transmissão do futebol no rádio. Entre muitos momentos da extensa carreira, narrou dez edições de Copas do Mundo e acabou falecendo um dia antes da Copa da Alemanha, em 2006. Fiori celebrizou frases como: "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", "E o tempo passa…" (quando uma equipe precisava fazer um gol),"Tenta passar, mas não passa!", "Aguenta coração!", "Crepúsculo de jogo", "Agora não adianta chorar" (logo após narrar um gol), "Torcida brasileira", "Uma Beleeeeza de Gol!" e "Um beijo no seu coração"
 
José Carlos Araújo
Onde trabalha? Rádio BandNews Fluminense e Bradesco Esportes FM
Quando começou na carreira? Aos 14 anos, na década de 60, na Rádio Roquette Pinto.
José Carlos Araujo, o Garotinho, também passou a infância narrando jogos de futebol de botão. Começou a carreira na Rádio Roquette Pinto e em 1976 foi para a Rádio Nacional. De 1984 a 2012 esteve à frente das transmissões da Rádio Globo consagrando frases celebres na narração como "Seja paciente na estrada, para não ser paciente no hospital", "Golão, golão, golão.", "Vai mais, vai mais, Garotinho", Mandou mal. Lá na geral. Que nem perna de pau!","Tá na grama, tá no pé, tá no ar e a bola vai rolar!", "Cheguei! Hoje é dia de jogão e jogão é na dobradinha forte do esporte!" (BandNews e Bradesco). Em 2009, foi publicado o livro biográfico "Paixão pelo rádio", contando detalhes da carreira de Garotinho, escrito pelo jornalista Rodrigo Taves.
 
Dirceu Marchioli
Onde trabalha? BandNews FM
Quando começou na carreira? Na década de 80, nas rádios do interior paulista.
Um dos famosos narradores do rádio na atualidade, ele é conhecido como Dirceu Maravilha. Fez parte da equipe 1040 da Tupi até chegar à Rádio Bandeirantes, onde permaneceu durante mais de dez anos. Participou das coberturas das Copas do Mundo de 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2006.Em 2005 foi contratado pela Rádio Record. Estreou transmitindo uma partida entre Corinthians e Goiás, com o Pacaembú lotado, em disputa pelo Campeonato Brasileiro daquele ano 2005. Permaneceu na emissora até 31 de dezembro de 2010. Desde abril de 2011 transmite o futebol na BandNews FM. Um dos seus bordões mais conhecidos, o "Se for pro gol, me chama que eu vou" é inspirado em outro locutor famoso, p Cledi Oliveira. Dirceu também usa o "cadê o grito da galera" como marca registrada.




FONTE: YAHOO BRASIL

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