Pesquisa mostra que andar uma hora por dia diminui em 14% as chances de sofrer da doença.
Caminhar 1h por dia ajuda a reduzir risco de câncer de mama em 14%, conclui pesquisa (Foto: BBC)
O levantamento, que acompanhou 73 mil mulheres por 17 anos, descobriu que andar 7 horas durante uma semana diminui os riscos de contrair a doença. A equipe da Sociedade Americana do Câncer afirmou que esta foi a primeira vez que a redução de riscos foi especificamente ligada à caminhada.
Outra pesquisa recente, feita pela organização beneficente Ramblers, mostrou que um quarto dos adultos anda mais de 1 hora por semana. E manter uma rotina de atividades físicas é um fator conhecido na redução do risco de contrair diversos tipos de câncer.
Atividade recreacional
O atual estudo acompanhou 73.614 mulheres, de 50 a 74 anos, recrutadas pela Sociedade Americana do Câncer entre 1992 e 1993 para monitorar a incidência da doença.
As voluntárias responderam a questionários sobre sua saúde e sobre quanto tempo permaneciam ativas e participavam de atividades como caminhadas, natação e exercícios aeróbicos. Elas também registraram quanto tempo ficavam sentadas assistindo à televisão ou lendo.
As mulheres preencheram os mesmos questionários em intervalos de dois anos, entre 1997 e 2009.
Andar como única atividade recreacional foi o hábito mencionado por 47% das pesquisadas. Aquelas que andavam pelo menos 7 horas por semana tiveram uma redução de 14% no risco de câncer de mama, comparadas com aquelas que andavam apenas 3 horas ou menos por semana.
A epidemiologista Alpa Patel, da Sociedade Americana do Câncer em Atlanta, na Georgia, que liderou o estudo, afirmou: "Dado que mais de 60% das mulheres relataram andar diariamente, promover a caminhada como uma atividade saudável de lazer pode ser uma estratégia efetiva para aumentar a atividade física entre as mulheres na pós-menopausa."
"Ficamos contentes em descobrir que, sem nenhuma outra atividade recreacional, apenas andar 1 hora por dia foi associado a um menor risco de câncer de mama nessas mulheres. Atividades mais longas e extenuantes reduziram ainda mais o risco", destacou Alpa.
A baronesa Delyth Morgan, executive-chefe da Campanha Contra o Câncer de Mama, completou: "Esse estudo adiciona mais evidências de que nossas escolhas de estilo de vida podem influenciar no risco de câncer de mama e mostra que mesmo mudanças pequenas incorporadas às nossas atividades cotidianas podem fazer a diferença. Sabemos que a melhor arma para superar o câncer de mama é a habilidade de interrompê-lo, em primeiro lugar. O desafio agora é saber como transformamos essas descobertas em ação e como identificamos outras mudanças de estilo de vida sustentáveis que nos ajudarão a prevenir o câncer de mama".
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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