quarta-feira, 31 de julho de 2013

DICA DE SAÚDE: Médicos dão dicas para respirar melhor e evitar crises de asma e rinite

Geralmente, quem tem uma das doenças também sofre com a outra.
Asma é genética, não tem cura, mas pode ter os sintomas controlados.

Do G1, em São Paulo

Asma e rinite são duas doenças extremamente ligadas - geralmente quem tem uma, também tem a outra.

Ou seja, se um dos problemas não for tratado corretamente, o outro pode piorar e, por isso, o tratamento deve ser conjunto. Uma das principais dicas é descobrir o que desencadeia as crises das doenças, como pó, mofo ou ácaros, por exemplo, e manter-se longe disso.

No inverno, inclusive, a mudança de temperatura funciona como uma irritação e quem sofre com alguma dessas complicações respiratórias deve se preocupar ainda mais e manter-se sempre agasalhado, hidratado, com as mãos limpas e longe de locais muito fechados, como explicou o otorrinolaringologista Agrício Crespo no Bem Estar desta quinta-feira (25).

Bem Estar - Arte Alergias (Foto: Arte/G1)

Para desenvolver alguma das doenças, o paciente geralmente tem uma predisposição genética - se há histórico familiar de asma e rinite, o risco da pessoa ter asma aumenta de 3 a 4 vezes e o risco de ter rinite aumenta 2 vezes.

Geralmente, quem tem as duas doenças costuma respirar pela boca por causa da obstrução nasal, tem coriza, espirra muito e tem também coceira. Há ainda quem diga que tem bronquite, mas na verdade, esse nome é utilizado para designar qualquer inflamação dos brônquios - ou seja, a asma é um tipo de bronquite, como explicou o pneumologista Roberto Stirbulov.

Segundo a OMS, cerca de 300 milhões de pessoas têm asma. A doença, que causa uma inflamação crônica nas vias aéreas, causa uma obstrução e pode dar sintomas como falta de ar, chiado e aperto no peito e tosse. De acordo com os médicos, não há um perfil definido e a asma se manifesta em cada pessoa de um jeito diferente - por exemplo, muita gente pode ter os sintomas quando criança, mas não na fase adulta e vice-versa.

No entanto, caso os sintomas apareçam na fase adulta, não é correto dizer que a asma surgiu nessa fase já que é uma doença genética, como alertou o pneumologista Roberto Stirbulov.

Nesse caso, é provável que os sintomas nunca tenham se manifestado e, ao entrar em contato com certos fatores, como poluição e mudanças de temperatura, por exemplo, o paciente acaba desencadeando a asma. Um outro fator desencadeante é a idade - a queda dos hormônios, na TPM ou menopausa, por exemplo, deixa os pulmões desprotegidos e os sintomas ficam mais agudos.

Vale lembrar ainda que a doença não tem cura, apenas controle com medicamentos, como os broncodilatadores - a famosa bombinha, que leva o remédio até as vias aéreas. De acordo com os médicos, o produto em spray é mais eficaz porque a concentração é maior. Para quem usa inalador, a dica dos médicos é colocar soro fisiológico.

Ao lado, o apresentador Fernando Rocha tira dúvidas dos internautas com o otorrinolaringologista Agrício Crespo e o pneumologista Roberto Stirbulov.

Vale lembrar ainda que poeira, pó e pelos também podem piorar a asma e geralmente quem tem esses sintomas, tem também rinite. Por isso, quem tem asma e rinite deve evitar poeira, mofo, ácaro e pelos de animais dentro de casa. Crianças que espirram muito antes dos 6 anos por causa desses fatores tendem a se tornar adultos asmáticos, mas se os sintomas aparecerem depois dos 6 anos, o risco de rinite é maior.

Pneumonia

Outro problema respiratório bastante comum é a pneumonia - segundo o pneumologista Roberto Stirbulov, a incidência do problema no inverno aumenta 30%.

A reportagem do Phelipe Siani mostrou a história do estudante de 16 anos, Bruno Domingues Justino. Em novembro de 2007, ele teve uma febre que chegou aos 40 graus. Ao chegar no hospital, o jovem descobriu que estava com um quadro grave de pneumonia bacteriana e logo foi encaminhado para a UTI. Após o diagnóstico, foram 26 dias de internação, 9 deles em coma induzido - sempre com a mãe, Renata, do lado.

Nesse período, o médico teve que ser realista e pediu à mãe que se despedisse do filho já que o quadro não estava muito bom. Porém, Renata não desistiu e começou a pedir à Nossa Senhora pela vida de Bruno. Com a ajuda, fé e oração de amigos e familiares e também por causa do trabalho da equipe médica, o estudante foi cada vez mais melhorando e logo se curou.




FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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