segunda-feira, 29 de julho de 2013

DICA DE SAÚDE: Exercícios com massinha e toalha fortalecem as mãos; aprenda a fazer

Aprenda movimentos simples para evitar dor e lesões nos dedos e tendões.
Especialistas dão dicas ainda para usar o celular sem prejudicar os dedos.

Do G1, em São Paulo

Abrir um pote, uma garrafa d'água ou uma lata, ou mesmo fazer faxina em casa, pode se tornar um exercício complexo e bastante difícil para quem sente dores nas mãos.

Para evitar lesões e outros problemas, porém, é possível fazer exercícios simples, com massinha de modelar ou até mesmo uma toalha, como mostraram o ortopedista Mateus Saito e a terapeuta ocupacional Raquel Matos no Bem Estar desta sexta-feira (26).

A dica principal ao realizar os movimentos é evitar bolinhas duras, que impedem o fechamento completo das mãos. As massinhas são as melhores opções porque permitem o exercício completo. No entanto, os especialistas explicaram que existem diversos tipos de massinhas com densidades diferentes - o ideal é começar com uma mais mole e aumentar a densidade conforme as mãos vão ficando mais fortes. A recomendação é fazer 3 séries de 10 movimentos, mas só as pessoas que não sentem dor nas mãos - quem sente, deve primeiro procurar a ajuda de um especialista. Confira abaixo o passo a passo.

Exercícios para as mãos com massinha de modelar (Foto: Arte/G1)
 

Há ainda a opção de fazer exercícios com uma toalha - a dica de terapeuta ocupacional Raquel Matos para quem sente dores é pegar uma toalha pequena e fazer o movimento de torção com as duas mãos. 

Outra opção é abri-la sobre a mesa e, com a palma da mão para baixo, deslizar a mão aberta. Depois disso, volte as mãos recolhendo a toalha e abrindo e fechando os dedos.

Além desses movimentos de prevenção, alguns hábitos do dia a dia também são importantes para evitar problemas nas mãos, principalmente ao usar o celular, videogame ou computador. Segundo uma pesquisa feita no Canadá com estudantes universitários que digitavam muito em smartphones e jogavam videogame, a base do polegar foi o local de dor mais frequente: 28% apresentaram dores nessa região da mão direita e 20%, na mão esquerda. Além disso, 84% apresentavam dor em alguma parte do corpo.


O estudo apontou, ainda, que o uso da internet no telefone aumenta em 2,21 vezes a chance de dor no polegar. Entre os participantes, o tempo médio de uso do celular foi de 4,65 horas.

Nesse caso, uma das dicas é ativar o sistema de "predição de texto", "texto preditivo" ou sistema similar, que "adivinha" o que você está tentando escrever. Com isso, você escreve menos e não força tanto os dedos.

Além disso, é bom evitar digitar com a mesma mão que você segura o celular. Prefira dividir o trabalho entre as duas ou apoie o aparelho em alguma superfície. Para quem trabalha usando o computador, inclusive, a recomendação é fazer alongamentos e pausas a cada hora. Ao digitar, é importante também manter a postura do jeito certo - coluna reta, pés apoiados a 90 graus e braços e cotovelos sobre a mesa.

*O ortopedista Mateus Saito e a terapeuta ocupacional Raquel Matos respondem perguntas enviadas pelos internautas.

Essa recomendação postural é importante porque o tronco e os ombros são fundamentais para o funcionamento das mãos já que as sustentam e também os cotovelos. Por isso, tê-los bem posicionados melhora também a posição das mãos e permitem que os movimentos sejam feitos com mais eficiência e menos esforço. 

Dedo em gatilho
Outro problema que pode acontecer nas mãos é o chamado "dedo em gatilho", como mostrou a reportagem da Marina Araújo. Isso acontece quando um dos dedos trava por causa do surgimento de um nódulo. Com isso, a pessoa não consegue fazer o movimento até que ela force e dê uma espécie de um "clique". O problema pode ocorrer com pessoas diabéticas, com doenças reumáticas, que trabalham com movimentos repetitivos, bebês ou mulheres depois da menopausa, por causa das alterações hormonais, que deixam o tendão mais grosso.


No caso da gerente financeira, Sabina Baedler (ao lado), a dor melhorou com o uso de corticoides, mas há a opção de tratar, em casos iniciais, com repouso, antiinflamatórios, fisioterapia ou terapia da mão.

Em quadros mais graves, é possível fazer também dois tipos de cirurgia - uma com uma incisão pequena, de mais ou menos 1 cm, menos invasiva. No entanto, o tratamento é definido caso a caso e os médicos alertam que não é preciso conviver com o problema porque há solução.



FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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