Aprenda movimentos simples para evitar dor e lesões nos dedos e tendões.
Especialistas dão dicas ainda para usar o celular sem prejudicar os dedos.
Abrir um pote, uma garrafa d'água ou uma lata, ou mesmo fazer faxina em
casa, pode se tornar um exercício complexo e bastante difícil para quem
sente dores nas mãos.
Para evitar lesões e outros problemas, porém, é possível fazer
exercícios simples, com massinha de modelar ou até mesmo uma toalha,
como mostraram o ortopedista Mateus Saito e a terapeuta ocupacional
Raquel Matos no Bem Estar desta sexta-feira (26).
A dica principal ao realizar os movimentos é evitar bolinhas duras, que
impedem o fechamento completo das mãos. As massinhas são as melhores
opções porque permitem o exercício completo. No entanto, os
especialistas explicaram que existem diversos tipos de massinhas com
densidades diferentes - o ideal é começar com uma mais mole e aumentar a
densidade conforme as mãos vão ficando mais fortes. A recomendação é
fazer 3 séries de 10 movimentos, mas só as pessoas que não sentem dor
nas mãos - quem sente, deve primeiro procurar a ajuda de um
especialista. Confira abaixo o passo a passo.
Há ainda a opção de fazer exercícios com uma toalha - a dica de
terapeuta ocupacional Raquel Matos para quem sente dores é pegar uma
toalha pequena e fazer o movimento de torção com as duas mãos.
Outra
opção é abri-la sobre a mesa e, com a palma da mão para baixo, deslizar a
mão aberta. Depois disso, volte as mãos recolhendo a toalha e abrindo e
fechando os dedos.
Além desses movimentos de prevenção, alguns hábitos do dia a dia também
são importantes para evitar problemas nas mãos, principalmente ao usar o
celular, videogame ou computador. Segundo uma pesquisa feita no Canadá
com estudantes universitários que digitavam muito em smartphones e
jogavam videogame, a base do polegar foi o local de dor mais frequente:
28% apresentaram dores nessa região da mão direita e 20%, na mão
esquerda. Além disso, 84% apresentavam dor em alguma parte do corpo.
O estudo apontou, ainda, que o uso da internet no telefone aumenta em
2,21 vezes a chance de dor no polegar. Entre os participantes, o tempo
médio de uso do celular foi de 4,65 horas.
Nesse caso, uma das dicas é ativar o sistema de "predição de texto",
"texto preditivo" ou sistema similar, que "adivinha" o que você está
tentando escrever. Com isso, você escreve menos e não força tanto os
dedos.
Além disso, é bom evitar digitar com a mesma mão que você segura o
celular. Prefira dividir o trabalho entre as duas ou apoie o aparelho em
alguma superfície. Para quem trabalha usando o computador, inclusive, a
recomendação é fazer alongamentos e pausas a cada hora. Ao digitar, é
importante também manter a postura do jeito certo - coluna reta, pés
apoiados a 90 graus e braços e cotovelos sobre a mesa.
*O ortopedista Mateus Saito e a
terapeuta ocupacional Raquel Matos respondem perguntas enviadas pelos
internautas.
Essa recomendação postural é importante porque o tronco e os ombros são
fundamentais para o funcionamento das mãos já que as sustentam e também
os cotovelos. Por isso, tê-los bem posicionados melhora também a
posição das mãos e permitem que os movimentos sejam feitos com mais
eficiência e menos esforço.
Dedo em gatilho
Outro problema que pode acontecer nas mãos é o chamado "dedo em gatilho", como mostrou a reportagem da Marina Araújo. Isso acontece quando um dos dedos trava por causa do surgimento de um nódulo. Com isso, a pessoa não consegue fazer o movimento até que ela force e dê uma espécie de um "clique". O problema pode ocorrer com pessoas diabéticas, com doenças reumáticas, que trabalham com movimentos repetitivos, bebês ou mulheres depois da menopausa, por causa das alterações hormonais, que deixam o tendão mais grosso.
Outro problema que pode acontecer nas mãos é o chamado "dedo em gatilho", como mostrou a reportagem da Marina Araújo. Isso acontece quando um dos dedos trava por causa do surgimento de um nódulo. Com isso, a pessoa não consegue fazer o movimento até que ela force e dê uma espécie de um "clique". O problema pode ocorrer com pessoas diabéticas, com doenças reumáticas, que trabalham com movimentos repetitivos, bebês ou mulheres depois da menopausa, por causa das alterações hormonais, que deixam o tendão mais grosso.
No caso da gerente financeira, Sabina Baedler (ao lado),
a dor melhorou com o uso de corticoides, mas há a opção de tratar, em
casos iniciais, com repouso, antiinflamatórios, fisioterapia ou terapia
da mão.
Em quadros mais graves, é possível fazer também dois tipos de cirurgia -
uma com uma incisão pequena, de mais ou menos 1 cm, menos invasiva. No
entanto, o tratamento é definido caso a caso e os médicos alertam que
não é preciso conviver com o problema porque há solução.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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