Com necessidade de retoques, time pentacampeão e lendário estádio
estarão juntos em amistoso neste domingo, no Rio de Janeiro, às 16h
A seleção brasileira pode ser considerada uma obra monumental. Assim
como o Maracanã. Ambos têm currículo invejável, colecionam títulos
importantes e viveram momentos ímpares na história do futebol. Mas a
realidade atual mostra que os dois precisam de retoques. A prova disso é
o amistoso deste domingo, às 16h (de Brasília), contra a Inglaterra, no
Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo da TV Globo, do SporTV e do
GLOBOESPORTE.COM, que acompanha também, a partir das 12h, toda a
movimentação em Tempo Real.
De uma maneira geral, o Maracanã está lindo. Mas basta uma volta por
ele para reparar que falta muita coisa para ficar 100% pronto. O entorno
deixa evidente que o estádio ainda está em obras. Por dentro do
complexo, falta muito acabamento. Por mais que sejam detalhes, são
fundamentais. Fios soltos, muita poeira, acessos provisórios, andaimes,
falta de sinalização nos pisos, pintura...
– Na minha área técnica está espetacular, tudo normalmente funcionando.
Principalmente o gramado.
Ninguém pode dizer que pode atrapalhar em
alguma coisa. Está muito bom. Nós só temos elogios às pessoas que
trabalharam na nossa área, porque é dela que podemos dizer alguma coisa –
desconversou Felipão, ao ser questionado sobre a situação do estádio.
Felipão orienta a Seleção no único treino no Maracanã: reencontro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Sobre a seleção brasileira, o técnico não pode desconversar. É evidente
que, assim como o estádio, a beleza está apenas no macro, não nos
detalhes. Um dos mais talentosos do mundo, o time verde e amarelo não
tem padrão. A pouco menos de um ano da Copa do Mundo e às vésperas da
Copa das Confederações, a equipe ainda não é uma certeza. Está em
constante formação.
– Tem de jogar bem. Jogando bem, muitas vezes não vence. Mas na maioria
das vezes, você consegue ganhar quando joga bem. E algumas vezes, não
jogando bem, um primor, também ganha. Precisamos ter um balanço. Já
temos quase uma estrutura de time, e agora é ver como vamos nos
comportar. Não só neste amistoso, mas na Copa das Confederações –
analisou o técnico brasileiro.
O desafio contra a Inglaterra é o primeiro com o grupo que vai disputar
a competição. O segundo será contra a França, dia 9, em Porto Alegre.
Depois disso, já vem o torneio. A seleção brasileira faz o primeiro jogo
no dia 15, contra o Japão, em Brasília. Dia 19, com o México, joga em
Fortaleza. E no dia 22, em Salvador, encerra a primeira fase contra a
Itália.
Operários dão retoques finais no interior do estádio: obras até o dia da inauguração (Foto: Richard Souza)
Marcelo e Neymar se divertem no treino: futuros
rivais em Real e Barça (Foto: André Durão)
rivais em Real e Barça (Foto: André Durão)
Na preparação para o amistoso contra os ingleses, Luiz Felipe Scolari
teve quatro dias para treinar a equipe. Nos dois primeiros, na Urca,
optou por aprimorar as partes física e técnica dos jogadores.
Depois, na
Gávea, fez um coletivo no qual mostrou a que diz ser a provável equipe
titular.
Já no último sábado, véspera da partida, Felipão fechou a parte mais
importante do treinamento.
Liberou a entrada da imprensa apenas nos 15
minutos finais, enquanto os jogadores faziam um recreativo. De qualquer
maneira, o técnico da Seleção deu a entender em sua coletiva que
escalará o primeiro time do coletivo.
– Meu treino passa ao vivo em televisões. Se a televisão mostrou com
comentários de jogadas, o fulano pelo lado direito e tal, provavelmente
eu vá colocar aquele mesmo time. Até para não perder o efeito do
televisionamento – brincou o treinador, quando questionado sobre a
equipe titular.
A brincadeira, talvez, tenha sido para despistar. Nas entrelinhas, o
comandante da seleção brasileira deu a entender que, caso faça mudanças,
elas podem ser na lateral esquerda e no meio de campo. Assim, Lucas
poderia sair para entrada de Hulk, e Marcelo daria lugar a Filipe Luís.
Hodgson dá conselho a Felipão
Lampard será o capitão da seleção inglesa
contra o Brasil no Rio (Foto: André Durão)
contra o Brasil no Rio (Foto: André Durão)
Agora na condição de visitante (em fevereiro, a Inglaterra recebeu o
Brasil em Londres, na estreia de Felipão, e venceu por 2 a 1), o técnico
Roy Hodgson sabe que o resultado, a não ser que seja catastrófico, irá
interferir pouco nos planos para o segundo semestre. Segundo colocado no
Grupo H das eliminatórias, com dois pontos a menos que Montenegro, sua
equipe precisa reagir em importantes duelos a partir de setembro para
garantir um retorno ao Brasil daqui a um ano. Caso contrário, dependerá
ainda de uma repescagem em novembro, um mês antes do sorteio da Copa.
A seleção brasileira já está classificada por sediar o torneio, mas Hodgson tem feito o dever de casa. Ele tem consciência de que Felipão sofrerá pressão por todas as partes, especialmente se o futebol apresentado pela Seleção não melhorar até a Copa das Confederações. Perguntado se teria algum comentário sobre o momento dos brasileiros, ele deu até alguns conselhos para o colega de profissão e também para o coordenador-técnico Carlos Alberto Parreira.
– Se serve de consolo, entre 1994 e 1996 a Inglaterra foi massacrada enquanto se preparava para jogar a Eurocopa em casa. E só foi eliminada na semifinal numa disputa de pênaltis. Em 1998, o Aimé Jacquet sofreu muito no comando da seleção francesa. Diziam que ele não era bom, que os jogadores não prestavam. E ele foi lá e ganhou – lembrou, referindo-se ao Mundial conquistado pela França exatamente sobre o Brasil.
Destaques no triunfo de fevereiro, o atacante Wayne Rooney e o meia Frank Lampard estão confirmados no time titular. Os desfalques, porém, são muitos: os atacantes Welbeck, Carroll e Sturridge, além do lateral-direito Walker e do meio-campista Cleverley. Já os meias Gerrard e Wilshere, também titulares na ocasião, sequer foram convocados.
Diante de tantos problemas, Hodgson preferiu não confirmar o time à imprensa, e até mesmo fechou parte da atividade no Maracanã. A tendência é que o meia James Milner receba uma chance, deixando Rooney, Walcott e Chamberlain na frente.
A seleção brasileira já está classificada por sediar o torneio, mas Hodgson tem feito o dever de casa. Ele tem consciência de que Felipão sofrerá pressão por todas as partes, especialmente se o futebol apresentado pela Seleção não melhorar até a Copa das Confederações. Perguntado se teria algum comentário sobre o momento dos brasileiros, ele deu até alguns conselhos para o colega de profissão e também para o coordenador-técnico Carlos Alberto Parreira.
– Se serve de consolo, entre 1994 e 1996 a Inglaterra foi massacrada enquanto se preparava para jogar a Eurocopa em casa. E só foi eliminada na semifinal numa disputa de pênaltis. Em 1998, o Aimé Jacquet sofreu muito no comando da seleção francesa. Diziam que ele não era bom, que os jogadores não prestavam. E ele foi lá e ganhou – lembrou, referindo-se ao Mundial conquistado pela França exatamente sobre o Brasil.
Destaques no triunfo de fevereiro, o atacante Wayne Rooney e o meia Frank Lampard estão confirmados no time titular. Os desfalques, porém, são muitos: os atacantes Welbeck, Carroll e Sturridge, além do lateral-direito Walker e do meio-campista Cleverley. Já os meias Gerrard e Wilshere, também titulares na ocasião, sequer foram convocados.
Diante de tantos problemas, Hodgson preferiu não confirmar o time à imprensa, e até mesmo fechou parte da atividade no Maracanã. A tendência é que o meia James Milner receba uma chance, deixando Rooney, Walcott e Chamberlain na frente.
Brasil
Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo (Filipe Luís); Fernando, Paulinho e Oscar; Lucas (Hulk), Neymar e Fred.
Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo (Filipe Luís); Fernando, Paulinho e Oscar; Lucas (Hulk), Neymar e Fred.
Técnico: Felipão.
Inglaterra
Hart, Johnson, Cahill, Jagielka e Ashley Cole; Carrick, Milner e Lampard; Walcott, Rooney e Oxlade-Chamberlain.
Hart, Johnson, Cahill, Jagielka e Ashley Cole; Carrick, Milner e Lampard; Walcott, Rooney e Oxlade-Chamberlain.
Técnico: Roy Hodgson.
Data: 02/06/2013 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia)
Transmissão: a TV Globo, o SporTV e o GLOBOESPORTE.COM transmitem ao vivo. O site também acompanha em Tempo Real.
*Participam desta cobertura: Alexandre Lozetti, Leandro
Canônico, Marcelo Baltar, Márcio Iannacca, Richard Souza e Thiago
Correia.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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