Posted: junho 5th, 2013
Nos dias de hoje, em que a concorrência corporativa e a velocidade de
disseminação de informação é cada vez maior, nós, trabalhadores em
busca de conquistas pessoais e financeiras, somos obrigados a utilizar o
nosso tempo da forma mais eficiente possível.
Consequentemente, temos menos tempo para cuidar da nossa saúde
física, da alimentação e, principalmente, do que nos dá condição de
trilhar mais uma jornada de trabalho no dia seguinte: o sono. Muitas
vezes precisamos nos privar do sono por causa do trabalho, comprometendo
o nosso estado físico e psicológico por falta de descanso.
Para pessoas comuns, a privação de sono já traz grandes danos à
saúde, já para um atleta profissional, que depende da sua performance
física para viver, essa falta de descanso é extremamente comprometedora.
Quando se trata da adesão ao exercício físico para melhorar a
qualidade do sono (o que dificilmente é recomendado, embora seja
altamente eficaz) os resultados são bem interessantes. Pesquisadores do
Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), realizaram em 2000 um levantamento
epidemiológico da prática de atividade física na cidade de São Paulo.
Eles encontraram informações pertinentes ao treinamento físico
influenciando o sono.
Mil indivíduos, de todas as regiões e classes sociais, responderam a
um questionário específico. Dos resultados encontrados, 31,3% praticavam
alguma atividade física, e, 36,4% dessa amostra o faziam com alguma
orientação profissional. A presença de insônia entre os fisicamente
ativos foi de 27,1%, e de sonolência excessiva de 28,9%.
Já entre os sedentários, esses números foram ainda maiores, pois
72,9% se queixaram de insônia e 71,1% de sonolência excessiva, supondo
que a adesão ao treinamento físico tem influência direta na qualidade do
sono. Dentre os sedentários, outros sintomas como ronco, apnéia
(interrupção da resporação) e sono fragmentado também conferem entre as
queixas.
A recíproca – aumento da quantidade (número de horas dormida) e
qualidade do sono (contínuo) objetivando potencializar os ganhos e a
assimilação do estímulo físico do treinamento físico – também é
verdadeira. O maior gasto energético, promovido por exercício físico
vigoroso, aumenta a necessidade de um maior período de sono para a
recuperação total do esforço.
Nas 3 primeiras fases do sono, que se iniciam sob a indução da
melatonina, ocorre economia de energia (reduções da frequência cardíaca e
respiratória, temperatura corporal e relaxamento muscular), a
reconstituição dos tecidos, o aumento da massa muscular (processo
conhecido por anabolismo) e a secreção do hormônio do crescimento (GH).
Na quarta e última fase, também conhecida por REM (sigla em inglês para
movimento rápido dos olhos), dá-se a consolidação do aprendizado e da
memória. Se acordamos de madrugada, podemos rapidamente atingir
novamente o sono profundo.
Se você possui problemas com a qualidade do seu sono, busque ajuda profissional.
Por: Anderson Lopes
FONTE: UOL
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