terça-feira, 23 de abril de 2013

23 de abril - Dia Internacional do Livro

 

Dia Internacional do Livro

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O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região da Espanha.

A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona.

Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.

No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.

Mais tarde, em 1995, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.1

No caso do escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu efetivamente 10 dias depois de Cervantes.

FONTE: WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE


 

Dia do Livro: Valorizar é Preciso

O Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor é comemorado na data de 23 de abril, a qual registra o falecimento de escritores como Cervantes e Shakespeare. É uma comemoração importante, celebrada desde 1996, por decisão da UNESCO.

Quem de nós pode ignorar o livro? Ele talvez seja o essencial entre os produtos essenciais da cesta básica letrada, essa que nos alimenta o espírito. Teve até um Ministro da Educação, o Christovam Buarque, que queria o livro ao lado do feijão na costumeira cesta básica do brasileiro. Por que será que essa ideia não vingou? 

Houve tempos em que o livro era composto letra por letra. Hoje, ele é produzido em moderníssimas máquinas, mas continua a ser fruto de um processo trabalhoso. 

Após notar a ideia e encher de letras as folhas em branco, o escritor procura uma editora e apresenta os originais para avaliação. Ao final desse processo, eles poderão ser aceitos ou recusados. Se aceitos, seguem-se a assinatura do contrato entre autor e editora, bem como a editoração profissional da obra, um trabalho hercúleo, minucioso, suado. Pronto o livro, o desafio é fazê-lo circular para que o leitor saiba que o livro existe. 

Diferentemente disso, um livro pode ser autopublicado. Entretanto, a autopublicação continua a não ser bem vista porque ela, custeada pelo próprio autor, nem sempre é avaliada como deve e termina passando ao largo dos critérios de qualidade exigíveis para o material destinado a virar livro. Os originais contratados para publicação por uma editora, ao contrário, são submetidos a uma análise rigorosíssima, feita por especialistas, o que, quase sempre, valoriza sobremaneira o trabalho. Dá-lhe confiabilidade.

Se o leitor soubesse o quanto de energias demanda um livro, não importando em que modalidade ele chega à luz, certamente o amaria mais, como sugeriu Rilke. Não o estima, por exemplo, quem simplesmente o xerocopia, como se faz nas universidades, nem sempre por má fé, mas por um misto de necessidade e desinformação. 

Pensando nisso, e visando a combater a pirataria no setor, a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos lançou, em agosto de 2007, um programa chamado “Pasta do Professor”. Esse programa oferece capítulos de livros avulsos aos estudantes, para evitar que eles tenham que xerocopiá-los. 

Ocorre que a xerocópia causa prejuízo aos autores e aos editores. Obviamente, não me refiro aos grandes conglomerados capitalistas do setor. Falo de empresas mais modestas e dos autores, os quais, em face da parca remuneração por seu trabalho, simbólica na maioria dos casos, muitas vezes se sentem desestimulados e param de produzir. 

Para valorizar o livro, o autor, o editor e todos os profissionais que atuam em sua produção, de maneira esmerada e extrema dedicação, o ideal seria que todos pudessem comprar livros e difundi-los “à mão cheia”, como pediu Castro Alves. 

Há muitos séculos, Cícero disse que “Uma casa sem livro é como um corpo sem alma”. Isso se parece com a morte. A vida, ao contrário, sempre multiforme, também está no livro. Como disse Borges, o livro é “uma extensão da memória e da imaginação”.

Imaginação – que não tenhamos medo de usá-la para apoiarmos programas que valorizam o livro, a começar por quem precisa dele para se formar e ter melhores recursos para batalhar pela realização na vida pessoal, profissional e social.

Por Wilson Correia*
Colunista Brasil Escola
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*Wilson Correia é filósofo, psicopedagogo e doutor em Educação pela Unicamp e Adjunto em Filosofia da Educação na Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Arraias. É autor de “TCC não é um bicho-de-sete-cabeças”. Rio de Janeiro: Ciência Moderna: 2009 (no prelo). Endereço eletrônico: wilsoncorreia@uft.edu.br. 



FONTE: BRASIL ESCOLA

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