Jocilene Melo, de 32 anos, aderiu à dieta dos pontos e atividades físicas.
'Efeito da obesidade é indireto. Você tem preguiça e não dorme', afirma.
Após engravidar, descobrir um linfoma e fazer 12 sessões de quimioterapia, a carioca Jocilene Melo de Souza, de 32 anos, emagreceu 48 kg. A decisão de mudar os hábitos alimentares e fazer atividades físicas foi tomada para cuidar da saúde. Em três anos, a secretária saiu dos 117 kg e chegou aos 69 kg.
Antes de fazer o pré-natal, Jocilene não se pesava e não se incomodava com o sobrepeso. “Eu nunca fui magra, mas também nunca fui obesa. Era ‘cheinha’. Durante a gravidez, a médica me aconselhou a me cuidar, a cuidar do meu peso, mas sai dos 83 kg e fui para os 117 kg”, conta.
Em setembro de 2011, quatro meses após o nascimento do seu filho, Jocilene foi diagnosticada com linfoma e fez 12 sessões de quimioterapia. Em seis meses de tratamento houve a remissão total do câncer e foi liberada pelos médicos. Com isso, em abril de 2012, decidiu emagrecer.
“Claro que eu me via gorda, mas não sentia a necessidade de emagrecer. Só depois que eu tive meu filho e descobri a doença decidi perder peso. Queria cuidar da minha saúde, não queria mais brincar com ela”, afirma a carioca.
Jocilene atingiu a obesidade grau 3 e sentia pouca disposição no dia a dia. “O efeito da obesidade é indireto. Você tem preguiça, chega atrasada nos lugares e não dorme bem.”
O primeiro passo para emagrecer foi participar de um grupo nas redes sociais que faziam a dieta dos pontos. “Fui muito incentivada neste grupo. A gente se ajudava, fazia desafios mensais, motivando uma a outra e fui conseguindo. Em um ano e meio eu perdi 26 kg.”
Além da dieta, Jocilene fez caminhadas com pesos de três quilos presos nas pernas e academia seis vezes por semana. “Teve um momento que eu achei que já estava magra e parei a dieta por um tempo. Acabei engordando 6,5 kg. E como eu queria voltar pra casa dos 60 kg, voltei com a dieta e com as atividades físicas.”
A meta de chegar aos 67 kg está próxima de ser alcançada. “O mais difícil é passar pelo fim de semana. São os dias que eu não faço academia e tenho que brigar comigo para não comer o mesmo que as outras pessoas. Eu até tenho refeições livres, mas não é sempre.”
Jocilene acredita que teve dois aliados durante o seu processo de emagrecimento. “Nesses três anos, o gengibre e a canela foram meus melhores amigos. Todos os dias eu tomava um litro de chá e sinto uma diferença enorme na academia.”
Hoje a carioca se pesa todos os dias para “manutenção”. “Eu me peso para ficar em paz com a balança e comigo. Eu penso que se eu tivesse me pesado antes, tivesse me vigiado, nem que fosse uma vez por mês, talvez minha história teria sido diferente. Mas hoje eu me cuido.”
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