Aos 26 anos, Gabriela Markus se tornou secretária-adjunta de Turismo.
Criada em família de políticos, ele diz que tem experiência para o cargo.
Nomeada secretária-adjunta de Turismo, Esporte e Lazer no governo do Rio Grande do Sul, a ex-miss Brasil Gabriela Markus acredita que sofre preconceito por causa de sua beleza. O anúncio do nome dela para o cargo, feito na segunda-feira (12), gerou críticas e piadas em redes sociais.
Aos 26 anos, no entanto, a jovem eleita Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil em 2012, mesmo ano em que ficou com a quinta colocação no Miss Universo, diz que se sente preparada para o desafio na vida pública, apesar de não ter tido nenhuma experiência anterior na área.
"Há preconceito com a beleza, por eu ser mais jovem, por eu ser mulher. As mulheres ainda sofrem isso. O fato de ter sido miss também acarreta. Porque é uma novidade. Tudo que é novo gera certa insegurança. Eu não me preocupo tanto com os comentários negativos. Não fiz nada de errado. Se fui nomeada é porque as pessoas confiam em mim", disse ela ao G1.
Filiada ao PMDB e bacharel em engenharia de alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Gabriela disputou as eleições de outubro do ano passado como candidata a deputada estadual. Recebeu 26,3 mil votos e não se elegeu, ficando com quinta suplência do partido.
Gabriela conta que vem de uma família de políticos e que está habituada a esse meio desde a infância. “Um dos meus avôs participou da fundação do MDB [Movimento Democrático Brasileiro, partido que, durante o regime miliar, deu origem ao PMDB] em Paverama [no Vale do Taquari]. Meu pai foi vereador duas vezes lá e outra em Teutônia [onde ela foi criada, na mesma região]. E o atual prefeito de Paverama, Vanderlei Markus, é meu tio. Cresci nesse meio”, explicou.
O convite para ocupar um cargo no governo de José Ivo Sartori (PMDB) foi uma surpresa, afirma Gabriela. “Nunca pensei que eu iria exercer esse cargo. Mas acho que isso foi muito natural, acho que a vida me encaminhou para isso”, conta a nova secretária-adjunta, que terá a missão de substituir o titular da pasta, Juvir Costella, também do PMDB, na ausência dele.
Ainda sem adiantar projetos que pretende implementar, a ex-miss diz que as experiências culturais e viagens realizadas nos últimos anos são alguns de seus trunfos para atuar na secretaria. “Na área do turismo posso contribuir com a experiência que ganhei como Miss Brasil. Fui a 26 estados e lá vivi as culturas locais. E fiz viagens internacionais quando era estudante. Em intercâmbios, fiquei três meses nos Estados Unidos e mais três meses na Espanha. Ganhei uma bagagem cultural diferente. Com o tempo, as pessoas irão conhecer esse outro lado da Gabriela”, promete.
A nova secretária-adjunta também ressaltou que o envolvimento como jogadora amadora de vôlei vai lhe ajudará a tratar de políticas para o esporte. “Sempre fui atleta. Participei de competições e jogo sempre. E tenho um irmão que está embarcando para os Estados Unidos, onde ele estuda e atua como jogador de vôlei”, destacou.
Apesar da empolgação, Gabriela diz que ainda não sabe se veio para ficar no meio político. “Tudo depende do tempo, mas posso dizer que já entrei de cabeça nessa área porque estou bem animada. A área da moda e modelo cada vez se distancia mais. Poderia continuar, mas essa não é minha vontade”, confidenciou a ex-miss.
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