Uma empresária teve que se arrastar por 15 degraus para conseguir embarcar em um avião da Gol, na madrugada desta segunda-feira (1), na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. O caso ocorreu após a companhia afirmar que não possuía no momento equipamento especial para o embarque de pessoas com deficiência. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Katya Hemelrijk da Silva, de 38 anos, sofre de osteogenese imperfeita, uma rara doença genética conhecida como “síndrome dos ossos de cristal”. Cadeirante, Katya seguia com o marido para São Paulo, onde moram e trabalham.
Em aeroportos que não posuem pontes de embarque, o acesso de cadeirantes deve ser feito com ajuda de cadeiras especiais que escalam os degraus da escada, ou então em elevadores especiais. Entretanto, a Gol informou que nenhum dos equipamentos estavam disponíveis e sugeriu que a passageira fosse carregada ou esperasse quatro horas para que um deles fosse levado até o local.
"Ofereceram para me carregar no colo, o que não aceitei. É uma humilhação e há risco de me machucar com gravidade, de quebrar uma perna por me pegarem de forma errada”, explicou a empresária. Katya decidiu escalar os 15 degraus. Fui me arrastando, de bumbum", completou.
A empresária esperou os passageiros embarcarem, vestiu um calça leve e deu início à subida que durou cinco minutos. "Tenho responsabilidades como qualquer outra pessoa. Começo a trabalhar às 8h, tenho meus filhos para cuidar. Não poderia me dar ao luxo de esperar até que encontrassem uma solução”, disse.
A Gol afirmou que o equipamento de embarque especial não estava operando no momento e que tentou solicíta-lo com outras empresas, sem sucesso.
Ainda de acordo com a companhia, alternativas foram dadas à cliente, que optou por subir as escadas sem ajuda. “A Gol lamenta o ocorrido e tomará as medidas necessárias para evitar que casos como este voltem a acontecer”, disse em comunicado.
FONTE: YAHOO BRASIL NOTÍCIAS
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