quarta-feira, 11 de junho de 2014

Humorista, roteirista e diretor Max Nunes morre aos 92 anos no Rio

Do G1 Rio
Max Nunes morreu aos 92 anos (Foto: Memória Globo) 
Max Nunes morreu aos 92 anos (Foto: Memória Globo)
 
 
O humorista, roteirista, escritor e diretor Max Nunes morreu no início na madrugada desta quarta-feira (11) no Rio, aos 92 anos, informou o Jornal Hoje. Um dos redatores do programa "Balança mas não cai", sucesso de público nas décadas de 1960 e 1970, Nunes teve complicações de saúde após sofrer uma queda e fraturar a tíbia. Ao lado do apresentador Jô Soares, ele produzia textos para o "Programa do Jô", da TV Globo, desde 2000. Max Newton Figueiredo Pereira Nunes estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul.

 
À TV Globo, Jô Soares — que trabalhou por décadas com o humorista — disse estar "profundamente sensibilizado".

Formado em Medicina, Max escreveu pela primeira vez para a televisão em 1962, quando criou os programas "My fair show" e "Times Square" para a TV Excelsior. Em 1964, foi para a Globo, onde passou a roteirizar e dirigir, ao lado de Haroldo Barbosa, o humorístico "Bairro feliz" (1965), pelo qual passaram figuras como Paulo Monte, Grande Otelo e Berta Loran. O comediante Mussum, com seu conjunto Originais do Samba, também participou do programa, segundo o Memória Globo.

Max Nunes do Programa do Jô, com Agildo Ribeiro e Paulo Silvino (Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo) 
Max Nunes do Programa do Jô, com Agildo Ribeiro e Paulo Silvino (Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo)
 
No ano seguinte, dando sequência à parceria com Haroldo Barbosa, estreou "Riso sinal aberto" e "Canal 0", que a partir de 1967 se transformou no "TV0-TV1". Apresentado por Paulo Silvino e Agildo Ribeiro nas noites de quinta-feira, o programa explorava a paródia da produção televisiva, recurso que influenciaria, muitos anos depois, humorísticos como "TV pirata" (1983) e "Casseta & Planeta, urgente!" (1992).

"Balança mas não cai" foi adaptado para a televisão pela primeira vez na Globo, em 1968. Em 1972, também teve uma versão produzida pela TV Tupi. Dez anos depois, voltou à grade de programação da Globo, com novos personagens e cenários. Foi um grande sucesso de audiência no Rio, em parte por trazer do rádio personagens conhecidos do grande público, como o Primo Pobre (Brandão Filho) e o Primo Rico (Paulo Gracindo). O programa também eternizou expressões populares, como a do personagem Peladinho – "Mengo, tu é o maior!" –, que deu origem ao apelido do Clube de Regatas Flamengo.





FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

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