Resposta a situações desse tipo foi monitorada em quatro experimentos.
Prazer é maior em relação a pessoas invejadas, segundo pesquisa.
Segundo
pesquisa, sorrir ao ver uma pessoa que inveja em situação ruim é reação
biológica (Foto: MICHÈLE CONSTANTINI / ALTOPRESS / PHOTOALTO / AFP)
No primeiro foram analisados os movimentos faciais de pessoas diante de imagens de diferentes estereótipos – como um idoso, estudantes, viciados em drogas e profissionais bem sucedidos – relacionadas com acontecimentos positivos, neutros e negativos.
A reação dos participantes foi monitorada por eletromiografia, uma técnica para captar a atividade elétrica dos movimentos faciais. A análise mostrou que as pessoas sorriem mais quando estão diante de alguém que invejam tendo experiências ruins.
O segundo experimento mediu a reação das pessoas com ressonância magnética, que associa o fluxo de sangue com a atividade cerebral. Foram apresentadas as mesmas imagens e situações, mas os participantes deveriam dar uma nota sobre como estavam se sentindo, de um a nove.
O resultado confirmou que os participantes se sentiam mal diante de eventos positivos e melhor por conta de eventos negativos, especialmente em relação ao estereótipo de um profissional rico. Duas semanas depois, os participantes foram convidados a participar de um jogo online, que dava a opção de machucar e dar choques elétricos em outras pessoas. Segundo os pesquisadores, as pessoas se mostraram dispostas a machucar um estereótipo de que tinham inveja.
No terceiro teste, foram apresentados diferentes cenários para um mesmo estereótipo: um executivo de um banco de investimentos. O resultado mostrou que os participantes demonstraram mais entusiasmo se o profissional estivesse desempregado ou gastasse seu dinheiro com drogas do que em situações positivas.
Para o último experimento, foram selecionados dois grupos de torcidas rivais de beisebol, das equipes Boston Red Sox e New York Yankees, para assistir a uma série de partidas enquanto eram monitorados novamente por ressonância magnética. Como esperado, os torcedores demonstravam prazer em resultados positivos de seu time. Mas eles ficavam felizes quando o time rival perdia para uma terceira equipe, a Orioles.
Segundo a pesquisadora Mina Cikara, não são todas as pessoas que experimentam esta falta de empatia como resposta humana, mas boa parte da população sim. Os pesquisadores afirmam que a reação pode ocorrer também em relação a políticas entre países e não só na convivências pessoais.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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