Do G1 GO com informações da TV Anhanguera
Uma ex-operadora de telemarketing de Goiânia ganhou uma
ação, em segunda instância, movida contra a agência de call center em que
trabalhava. Pela decisão, ela receberá R$ 5 mil de indenização por danos
morais. A sentença foi dada em fevereiro deste ano. Guaciara Cristóvão de Sousa
entrou na Justiça quando foi demitida por justa causa após xingar um cliente
durante um atendimento. No entanto, conseguiu provar que estava doente quando
foi mandada embora. De acordo com a sentença, ela havia sofrido uma intensa
pressão no trabalho e, por isso, desenvolveu uma doença chamada Síndrome de
Bournout. Cabe recurso da decisão.
Guaciara justifica que a demissão aconteceu
depois que um cliente pediu que ela fizesse um procedimento irregular. "Um
ex-cliente que conhecia o atendimento queria que eu burlasse um procedimento.
Mas eu não podia fazer isso", lembra.
O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT), Elvécio Moura, afirmou que ficou provado no processo que Guaciara estava
sendo submetida a um alto grau de estresse. "Ela, inclusive, havia feito
tratamento psicológico pouco antes deste episódio. Esse tratamento demonstrou
que ela estava com a Síndrome de Bournout", alega o desembargador.
A Atento, empresa de contact center e
terceirização de processos de negócios, informou ao G1 que
recorrerá da decisão junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e que não se
manifestará até a decisão final do processo. Por meio de nota, a companhia
disse que "tem como um de seus princípios de atuação o respeito aos seus
funcionários e a busca para proporcionar um ambiente de trabalho que promova a
saúde e bem-estar de todos que fazem parte da organização".
Guaciara processou empresa
após ser demitida por justa causa (Foto:
Reprodução/TV Anhanguera)
Síndrome
Guaciara trabalhou na empresa de abril de 2009 a outubro de 2010. Durante os 18 meses em que atuou como operadora, a ex-funcionária provou que desenvolveu a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional. A enfermidade provoca alterações como agressividade, irritabilidade, isolamento, alteração de humor, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima.
Guaciara trabalhou na empresa de abril de 2009 a outubro de 2010. Durante os 18 meses em que atuou como operadora, a ex-funcionária provou que desenvolveu a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional. A enfermidade provoca alterações como agressividade, irritabilidade, isolamento, alteração de humor, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima.
Mãe de Guaciara, Elda Gonçalves se lembra como
ela chegava em casa: "Bastante estressada e chorando demais".
A jovem, então, entrou na Justiça trabalhista em
meados de 2011 e conseguiu provar que estava sendo prejudicada. "Se a
empresa tivesse agido dentro da lei, a teria encaminhado para tratamento
médico. Nos primeiros 15 dias por conta de um especialista particular e depois
disso, com o afastamento pelo INSS", explicou o advogado de Guaciara,
Adriano Lopes da Silva.
Vida nova
Depois de sair da empresa, Guaciara demorou muito tempo para se recuperar do problema. Após seis meses de procura, conseguiu emprego como operadora de caixa em uma ótica e hoje já é vendedora.
Depois de sair da empresa, Guaciara demorou muito tempo para se recuperar do problema. Após seis meses de procura, conseguiu emprego como operadora de caixa em uma ótica e hoje já é vendedora.
Para completar a nova etapa, Guaciara deve ter
ainda este mês a principal emoção de sua vida. Grávida de 39 semanas, ela deve
dar à luz ainda esta semana. "Hoje está tudo mais tranquilo. Estou muito
feliz. Quero que meu filho tenha coisas melhores do que eu já tive",
vislumbra.
FONTE: G1 – O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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