domingo, 29 de março de 2015

Mais de 25 mil se deslocam para estudo ou trabalho

CIDADES. Levantamento mostra concentração populacional em nove municípios alagoanos
I
Por: CARLOS NEALDO - EDITOR DE ECONOMIA
Diariamente, de segunda a sábado, Carlos Eduardo dos Santos, 25 anos, sai de Marechal Deodoro, onde reside, para trabalhar como vendedor numa loja do centro de Maceió. Parte do salário que recebe é gasta com transporte – R$ 6 reais todos os dias. Poderia ser mais, caso ele decidisse retornar meio-dia, para almoçar em casa. “Mas, além do cansaço, não sei se compensaria”, ressalta. 

Eduardo é um das 25,69 mil pessoas que se deslocam de um dos nove municípios que formam arranjo populacional em Alagoas, para estudar ou trabalhar em Maceió. Os dados fazem parte de estudo divulgado na quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2010. 

O órgão considera como arranjo populacional o agrupamento de dois ou mais municípios onde há um intenso deslocamento para trabalho ou estudo, ou há continuidade urbana – as chamadas “manchas urbanizadas”. Em Alagoas, elas são formadas por Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Satuba, além da própria capital do Estado.

Trata-se do quarto maior arranjo populacional do Nordeste, segundo o IBGE, atrás apenas dos formados em volta de João Pessoa (PB), São Luís (MA) e Natal (RN). No Brasil, 7,443 milhões de pessoas trabalham ou estudam fora das cidades onde moram e são obrigadas a se deslocar, mostra o estudo do IBGE.

O maior deslocamento do País acontece em São Paulo: 118.020 pessoas, população equivalente à de Ribeirão Pires (SP), saem de Guarulhos e vão à capital paulista trabalhar ou estudar. No sentido inverso, e pela mesma razão, 28.310 pessoas vão de São Paulo a Guarulhos – fluxo total de 146.330 pessoas. As informações são da Agência Estado. 





FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário