sábado, 27 de setembro de 2014

Alagoas tem pior desempenho do País em leitura, segundo avaliação

ENSINO FUNDAMENTAL. Foram avaliados alunos de até oito anos de idade matriculados em escolas públicas
 
Foto: ARQUIVO GA
Alunos alagoanos não só têm dificuldade em ler, como também sofrem para resolver questões de matemática e produzir textos
Foto: ARQUIVO GA
Por: MAIKEL MARQUES - REPÓRTER
 
81,56% dos alunos de até oito anos de idade  matriculados em escolas públicas de Alagoas garantiram ao estado, em 2013, a última colocação no ranking que aferiu a capacidade de leitura de 2,3 milhões de crianças brasileiras, todas matriculadas em turmas do 3º ano do Ensino Fundamental. O levantamento mostrou que nosso pequenino aluno figura no mais baixo dos quatro níveis da pesquisa. Eles não têm dificuldade em ler, com base em imagens, palavras dissílabas, trissílabas e polissílabas com estrutura silábica canônica: ca-va-lo, ca-sa, di-nhei-ro, a-be-lha.

O quadro, traçado pela Avaliação Nacional da Alfabetização, do Ministério da Educação, evidencia outra dificuldade educacional em Alagoas: 81,27% deste contingente até reconhece horas e minutos, mas sofre bastante para calcular adição de duas parcelas e resolver problemas de subtração.

O meio termo está na capacidade de escrita. 58,47% dos matriculados em turmas iniciais escrevem palavras simples com dificuldade e ainda omitem ou trocam algumas letras. No entanto, eles são capazes de produzir textos narrativos com ausência ou inadequação de pontuação e concordância verbal.

Para a professora Cláudia Angélica Leme, mestre em educação e coordenadora do curso de licenciatura da Faculdade Santa Marcelina (Fasm), de São Paulo, o resultado é reflexo do baixo e muitas vezes inexistente incentivo à leitura no ambiente domiciliar, principalmente na região Nordeste.

“A criança que não tem acesso ao livro em casa precisa do apoio da escola para desenvolver o hábito de leitura, mas de forma lúdica e bem diferente da prática antiga e desconectada com a realidade em que vive o aluno”, explica a professora. “Também precisa de professores muito bem preparados”.





FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

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