ENSINO FUNDAMENTAL. Foram avaliados alunos de até oito anos de idade matriculados em escolas públicas
Alunos alagoanos não só têm dificuldade em ler, como também sofrem para resolver questões de matemática e produzir textos
Foto: ARQUIVO GA
Por: MAIKEL MARQUES - REPÓRTER
81,56% dos alunos de até oito anos de idade matriculados em escolas públicas de Alagoas garantiram ao estado,
em 2013, a última colocação no ranking que aferiu a capacidade de
leitura de 2,3 milhões de crianças brasileiras, todas matriculadas em
turmas do 3º ano do Ensino Fundamental. O levantamento mostrou que nosso
pequenino aluno figura no mais baixo dos quatro níveis da pesquisa.
Eles não têm dificuldade em ler, com base em imagens, palavras
dissílabas, trissílabas e polissílabas com estrutura silábica canônica:
ca-va-lo, ca-sa, di-nhei-ro, a-be-lha.
O quadro, traçado pela Avaliação Nacional da Alfabetização, do Ministério da Educação, evidencia outra dificuldade educacional em Alagoas: 81,27% deste contingente até reconhece horas e minutos, mas sofre bastante para calcular adição de duas parcelas e resolver problemas de subtração.
O meio termo está na capacidade de escrita. 58,47% dos matriculados em turmas iniciais escrevem palavras simples com dificuldade e ainda omitem ou trocam algumas letras. No entanto, eles são capazes de produzir textos narrativos com ausência ou inadequação de pontuação e concordância verbal.
Para a professora Cláudia Angélica Leme, mestre em educação e coordenadora do curso de licenciatura da Faculdade Santa Marcelina (Fasm), de São Paulo, o resultado é reflexo do baixo e muitas vezes inexistente incentivo à leitura no ambiente domiciliar, principalmente na região Nordeste.
“A criança que não tem acesso ao livro em casa precisa do apoio da escola para desenvolver o hábito de leitura, mas de forma lúdica e bem diferente da prática antiga e desconectada com a realidade em que vive o aluno”, explica a professora. “Também precisa de professores muito bem preparados”.
O quadro, traçado pela Avaliação Nacional da Alfabetização, do Ministério da Educação, evidencia outra dificuldade educacional em Alagoas: 81,27% deste contingente até reconhece horas e minutos, mas sofre bastante para calcular adição de duas parcelas e resolver problemas de subtração.
O meio termo está na capacidade de escrita. 58,47% dos matriculados em turmas iniciais escrevem palavras simples com dificuldade e ainda omitem ou trocam algumas letras. No entanto, eles são capazes de produzir textos narrativos com ausência ou inadequação de pontuação e concordância verbal.
Para a professora Cláudia Angélica Leme, mestre em educação e coordenadora do curso de licenciatura da Faculdade Santa Marcelina (Fasm), de São Paulo, o resultado é reflexo do baixo e muitas vezes inexistente incentivo à leitura no ambiente domiciliar, principalmente na região Nordeste.
“A criança que não tem acesso ao livro em casa precisa do apoio da escola para desenvolver o hábito de leitura, mas de forma lúdica e bem diferente da prática antiga e desconectada com a realidade em que vive o aluno”, explica a professora. “Também precisa de professores muito bem preparados”.
FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS
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