Marina Silva acompanha missa de sétimo dia de Eduardo Campos na Catedral de Brasília (Foto: Priscilla Mendes/ G1)
A missa de sétimo dia do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos ,
realizada nesta terça-feira (19) na Catedral de Brasília, reuniu
políticos e autoridades, além de simpatizantes do presidenciável que morreu na última quarta (13)
em um acidente aéreo em Santos (SP). Em homenagem ao seu presidente
nacional, a direção do PSB colocou um banner com a fotografia de Campos
na nave da igreja localizada em plena Esplanada dos Ministérios.
EDUARDO CAMPOS
A provável candidata do PSB à Presidência, Marina Silva,
compareceu à missa de sétimo dia. O partido deverá oficializá-la nesta
quarta (20) como substituta de Campos na corrida presidencial.
Acompanhada do deputado Walter Feldman (PSB-SP) e do candidato do PSB
ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, a ex-senadora entrou
na catedral sem falar com a imprensa.
A missa começou por volta das 12h20. Assessores que trabalhavam com
Campos na campanha presidencial estavam emocionados e choraram em
diversos momentos da cerimônia.
O vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro-chefe da
Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também compareceram à
missa. Temer se sentou ao lado de Marina.
Durante a cerimônia, os nomes das sete vítimas do acidente aéreo foram
lembrados. Além de Campos, perderam a vida na queda do jato particular o
fotógrafo Alexandre Severo e Silva, o assessor de imprensa Carlos
Augusto Leal Filho, conhecido como Percol, o assessor e ex-deputado
federal Pedro Valadares Neto, o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra e
os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins.
A homenagem religiosa a Campos lotou a catedral da capital da República, obrigando muitas pessoas a acompanharam a missa de pé.
Fotografia de Eduardo Campos foi colocada na nave da catedral brasiliense (Foto: Dayane Oliveira/ G1)
Vice de Marina
Ao chegar à catedral, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), integrante da executiva nacional do PSB, foi indagado sobre a escolha do candidato a vice, mas preferiu não falar sobre o assunto. O partido tem até o próximo sábado (23) para definir a nova chapa.
Ao chegar à catedral, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), integrante da executiva nacional do PSB, foi indagado sobre a escolha do candidato a vice, mas preferiu não falar sobre o assunto. O partido tem até o próximo sábado (23) para definir a nova chapa.
“Isso [definição do candidato a vice] nós ainda estamos conversando. O
partido ainda está conversando e fazendo as consultas. Agora, hoje não é
a hora de fazer isso. Não tem nenhuma reunião formal para decidir isso,
pois temos uma reunião amanhã e isso deverá ser anunciado, de forma
natural, assim como foi o processo de chegarmos à candidatura de Eduardo
e Marina. Mas esse não é o momento para se colocar isso”, disse.
O corpo de Eduardo Campos
foi sepultado no último domingo (17), em Recife (PE), sua cidade natal.
Além do presidenciável do PSB, morreram no acidente aéreo outras seis
pessoas – dois pilotos e quatro assessores. A Força Aérea Brasileira
(FAB) e a Polícia Federal investigam as causas da tragédia.
Nesta terça, dia em que os partidos iniciaram as propagandas eleitorais
nas cadeias de rádio e TV, PSB, PT e PSDB prestaram homenagens a
Eduardo Campos. As três legendas destacaram o papel de Campos para o
país.
Programa de governo
Coordenador da campanha do PSB à Presidência, o ex-deputado Maurício Rands disse, antes do início da missa de sétimo dia, que o ingresso de Marina na cabeça de chapa não provocará mudanças no programa de governo que será apresentado pela coligação. O documento, de 240 páginas, vinha sendo revisado por Eduardo Campos e pela ex-senadora desde o início de sua produção e passará apenas por “pequenos retoques” até sua entrega, informou Rands.
Coordenador da campanha do PSB à Presidência, o ex-deputado Maurício Rands disse, antes do início da missa de sétimo dia, que o ingresso de Marina na cabeça de chapa não provocará mudanças no programa de governo que será apresentado pela coligação. O documento, de 240 páginas, vinha sendo revisado por Eduardo Campos e pela ex-senadora desde o início de sua produção e passará apenas por “pequenos retoques” até sua entrega, informou Rands.
“Os ajustes já seriam feitos de qualquer forma. Tanto Eduardo quanto
Marina já tinham apontado nas últimas versões apresentadas a eles
algumas alterações que serão feitas, mas estamos com o programa pronto.
Se a Marina disser que quer o programa amanhã, amanhã o programa está na
mão”, destacou o ex-deputado.
Além de entregar o programa de governo – obrigação que a coligação tem a
cumprir, conforme determina a Justiça Eleitoral – a campanha do PSB
pretende divulgar também uma “carta de compromisso” assinada por Marina
na qual ela irá “ratificar” os compromissos assumidos com Campos.
O documento, segundo o coordenador, é uma “resposta à conjuntura da
tragédia que provocou a substituição” de Eduardo Campos. Uma das
preocupações do partido é que Marina mantenha as alianças regionais
firmadas pela coligação, como o apoio à candidatura de Geraldo Alckmin
(PSDB) ao governo de São Paulo – que foi criticada publicamente pela
fundadora da Rede.
“Todos avaliaram que é importante uma explicitação, uma ratificação de
compromissos para que os brasileiros que querem votar num novo projeto e
querem votar em Marina votem com transparência, com clareza de quais
são os pontos concretos que foram ratificados nessa nova fase que a
campanha passa a viver”, explicou Rands.
O socialista disse ainda que o empresariado, setor com o qual Campos
mantinha estreita proximidade, está consciente de que Marina “comunga”
com as propostas do PSB para a área econômica, como “política econômica
de boa governança macroeconômica, rigor fiscal e melhor qualidade da
gestão”.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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