quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Especialistas afirmam que Schumacher pode estar em coma irreversível

Diante da falta de informação, médicos alemães e ingleses admitem risco do piloto não despertar

 
Médicos afirmam que Schumacher pode não voltar do coma igual era antes
Michael Schumacher
 
 
Mesmo sendo ídolo na Alemanha, a imprensa do país já teme que Michael Schumacher esteja em uma situação irreversível. Para a revista "Focus" especialistas disseram que o ex-piloto "pode ficar em coma para sempre". Já o jornal britânico Daily Mail, afirmou que o silêncio da equipe médica e da assessoria de Schumi leva muitos "a temer pelo pior".


Em entrevista ao jornal "The Times", o especialista em lesões cerebrais do Hospital de Londres, Dr. Richard Greenwood, opinou que "se Schumacher sobreviver, ele não será mais Schumacher".

"Ele será um Zé Ninguém. Sua reabilitação só será eficaz se ele aceitar a nova realidade. É um processo difícil para as pessoas. Elas precisam aprender a conviver com suas limitações, com o fato de que mudaram", disse.

O neurocirurgião Andreas Zieger, da Clínica Universitária de Oldenburg (Alemanha), afirmou à revista Focus que Schumacher está sujeito a danos também durante a internação. Estresse no fígado diante do uso de anestésicos, atrofia muscular e aumento da pressão intracraniana são alguns dos exemplos.

"Pode ter havido complicações. Estamos falando aqui de vida e morte. Um coma pode, em tese, ser mantido por toda uma vida. Isso não danificaria o cérebro humano. Lesões cerebrais estão entre as mais complicadas que podem acontecer ao corpo humano. Previsões sobre a duração do coma de uma pessoa ou de potenciais complicações são geralmente pouco confiáveis", concluiu o médico.

Já o depoimento do neurologista Gereon Fink é mais alarmante. Ouvido pela imprensa alemã, ele afirmou que a situação do heptacampeão pode ser pior do que parecia.

"Se as lesões forem tão severas a ponto de atingir o paciente, ele é mantido em um coma induzido", lembrou. "Dependendo da região do sangramento, a hemorragia pode levar a uma paralisia unilateral, desordens de fala ou mudanças de personalidade", apontou Fink.

Em entrevista à revista inglesa "Autosport", o médico-chefe da Fórmula 1 entre 2005 e 2012, Dr. Gary Hartstein, explicou que cuidar de pacientes feridos gravemente na cabeça requer alguns princípios.

"Basicamente, o cérebro precisa receber constantemente a quantidade adequada de oxigênio e nutrientes. O futuro de Schumacher? Uma longa, longa estrada. Meses, pelo menos. A curto prazo, o anestésico que é administrado a ele deverá ser atenuado quando a pressão intracraniana ficar normal e estável. Esse é o próximo grande passo", concluiu.
 
 
 
 
 
FONTE: YAHOO BRASIL NOTÍCIAS

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