Ator egípcio sofreu um ataque cardíaco nesta sexta-feira, no Cairo.
Ele foi indicado ao Oscar de ator coadjuvante e venceu 2 Globos de Ouro.
O ator egípcio Omar Sharif, que fez filmes como "Lawrence da Arábia", "Doutor Jivago" e "Funny girl – Uma garota genial", morreu nesta sexta-feira (10) aos 83 anos. As informações são do site da BBC.
"Ele sofreu um ataque cardíaco esta tarde em um hospital no Cairo", disse seu empresário, Steve Kenis, à BBC.
Em maio deste ano, o empresário do ator confirmou que ele estava com Alzheimer. "Ele está morando no Egito estes dias e está recebendo cuidados de seu filho Tarek e outros", afirmou, na ocasião.
Sharif, nascido em Alexandria, no Egito, foi uma das maiores estrelas de cinema na década de 1960 e o primeiro ator árabe a ganhar fama internacional, com uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante por seu papel no filme "Lawrence da Arábia", de 1962, com Peter O'Toole. Ele é vencedor de dois prêmios do Globo de Ouro.
Com o sucesso de "Lawrence da Arábia", Sharif fez três filmes em 1964, incluindo "A voz do sangue" e "O Rolls-Royce Amarelo", e três em 1965, incluindo o seu primeiro papel principal em uma produção de língua inglesa, com o personagem-título de "Doutor Jivago".
Nos anos 60, ele também estrelou "O Ouro de Mackenna", com Gregory Peck e Telly Savalas, e a trágica história de amor "Mayerling", no qual fez par romântico com Catherine Deneuve.
Na década de 1980, Sharif voltou esporadicamente ao cinema egípcio.
O ator também estava entre os mais renomados jogadores de bridge do mundo e escreveu diversos livros sobre o jogo de cartas.
Em 2004, ganhou o prêmio Cesar de melhor ator, o equivalente francês ao Oscar, por seu papel no filme francês "Uma amizade sem fronteiras".
Em 2007, Sharif foi condenado a dois anos de prisão, que cumpriu em liberdade condicional, e a fazer 15 sessões de terapia para controlar a raiva, por ter agredido em 2005, num estacionamento de Los Angeles, um manobrista que não aceitou que pagasse com euros.
O ator atacou e insultou com adjetivos racistas Juan Anderson, de origem guatemalteca, chamando-o de "mexicano burro" depois de o manobrista se negar a aceitar uma nota de 20 euros como pagamento.
Em 2009, ao divulgar o filme "Al mosafer" (O viajante) no Festival de Veneza, o ator disse que teve "muitas aventuras com mulheres", mas apenas um "grande amor" - seu casamento, que terminou em 1974.
"Eu sou o único ator no mundo que não tem um centro em sua vida. Eu morei em hotéis em toda a minha vida e comi em restaurantes - sempre. Tive uma vida feliz, não há por que chorar."
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