Brasil enfrenta Venezuela com seleção experiente, média de idade de quase 30, títulos no currículo e recado de Dunga: sem Neymar, coadjuvantes têm que aparecer
Robinho deve ser o escolhido de Dunga para o lugar de Neymar (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
– Não queremos meninos, queremos homens!
O recado de Dunga foi claro. A seleção brasileira é lugar para homens capazes de tomar decisões e arcar com as consequências. Pessoas maduras, preparadas para superar desafios. O técnico falou em "profissionais". A partir deste domingo, não há espaço para molecagens. Neymar está suspenso. A passagem do craque pela Copa América ficará marcada mais por suas meninices, como tirar o spray do gramado, resmungar a cada marcação do árbitro ou distribuir empurrões, do que pelos lances geniais que protagonizou na estreia. Sem ele, o que não falta na Seleção são marmanjos com experiência para garantirem uma vaga nas quartas de final. Tudo depende do duelo contra a Venezuela, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), em Santiago - a TV Globo e o GloboEsporte.com transmitem a partida ao vivo, com pré-jogo do site iniciando às 17h30.
Os desfalques de Dunga desmontaram a base construída. Danilo, Luiz Gustavo, Oscar e Neymar seriam nomes certos. Por outro lado, tornaram a Seleção muito mais experiente. Enquanto Luiz Gustavo tem 27 anos e os outros três apenas 23, a média de idade da equipe que deverá entrar em campo contra a Venezuela é 28,7. São sete jogadores com pelo menos 30 anos: Jefferson e Daniel Alves (32), Robinho (31), Thiago Silva, Miranda, Fernandinho e Elias (30).
Não é somente a data de nascimento. O histórico dos atletas escalados torna quase inaceitável a desculpa da inexperiência. Robinho, provável escolhido para substituir Neymar, tem duas Copas do Mundo no currículo, além de títulos brasileiros, da Copa das Confederações, Copa América, e passagens por clubes como Real Madrid, Milan e Manchester City. Tá bom?!
Daniel Alves também tem duas Copas e inúmeras taças pelo Barcelona. Fez parte de um dos melhores times de futebol de todos os tempos. Thiago Silva foi apelidado de "Monstro" jogando na Itália, maior e mais exigente das escolas defensivas.
A ausência de Neymar torna a seleção brasileira mais fraca, evidentemente. Ele é o capitão, o camisa 10, o artilheiro, bate faltas, pênaltis, escanteios... Mas o recado de Dunga na véspera da partida indica que ele não aceitará omissão dos que forem escalados.
O Brasil tem situação muito encaminhada para se classificar. Se vencer por uma margem de gols igual ou superior à do ganhador do outro jogo da chave (Colômbia x Peru), passará em primeiro e pegará o Paraguai. Se for segundo colocado, o que pode acontecer com uma vitória (dependendo do placar da outra partida) ou um empate, a Bolívia será adversária. Na pior das hipóteses, até mesmo em caso de derrota, a Seleção pode avançar como um dos melhores terceiros colocados e enfrentar a Argentina.
A eliminação seria um vexame. Menos doloroso que o da Copa, certamente, porque nada pode se comparar àquilo. Cabe aos homens de Dunga evitarem que ele aconteça.
Dunga cobrou jogadores para tomarem decisões e terem responsabilidade. Jogo de domingo vale classificação (Foto: EFE)
FICHA TÉCNICA
BRASIL: Jefferson, Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Elias, Philippe Coutinho e Willian; Robinho e Roberto Firmino. Técnico: Dunga
VENEZUELA: Baroja, Rosales, Vizcarrondo, Tuñez e Cichero; Rincon, Seijas, Guerra, Vargas e Arango; Rondón. Técnico: Noel Sanvicente
Data: 21/06/2015 Horário: 18h30 (de Brasília) Local: Estádio Monumental David Arellano, em Santiago (Chile) Árbitro: Enrique Cáceres (PAR) Auxiliares: Rodney Aquino e Carlos Cáceres (PAR) Transmissão: a TV Globo, o GloboEsporte.com e o Sportv transmitem a partida ao vivo.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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