SÓ NA GESTÃO TEOTONIO VILELA FILHO, VALORES SUBIRAM R$ 4 BILHÕES
Superado o primeiro mês de gestão, o secretário estadual da Fazenda, George Santoro, alertou, na tarde de ontem, por meio de uma nota técnica apresentada à imprensa, que Alagoas está no vermelho. Os levantamentos indicam que a dívida pública acumulada é de R$ 9,7 bilhões. Somente nos oito anos da gestão de Teotonio Vilela Filho (PSDB) foram mais R$ 4 bilhões. Por: MARCOS RODRIGUES - REPÓRTER
As contas deixadas pela administração tucana não fecharam e o resultado fiscal, após o encerramento do mandato de Vilela, foi um débito de R$ 275 milhões. “O custeio, que são os gastos que temos mês a mês, saiu de R$ 84 milhões em 2008 para aproximadamente R$ 583 milhões em 2014, ou seja, uma variação para mais de 560%. De 2010 para cá aumentou consideravelmente, o que ultrapassou o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal”, apontou Santoro, durante entrevista coletiva.
Entre os setores em que mais se gastou, a locação de veículos chama a atenção. No ano de 2008 eram gastos R$ 32,1 milhões, e em 2014 a cifra já era de R$ 96,6 milhões - um aumento de 201%. Só perde para o item material destinado a Assistência Social, que, no mesmo período, saiu de R$ 10,9 milhões para R$ 72,4 milhões - uma variação de 662.993%.
Os períodos em que a folha mais “inchou” foram 2009 e 2014, coincidentemente anos eleitorais, o que indica que a máquina foi usada para acomodar acordos e conveniências dos aliados.
Atendo-se estritamente aos números, ele evitou dizer que o primeiro ano do governo se concentrará, apenas, em ajuste fiscal e que, dificilmente, resultará em novas contratações.
Indagado sobre se Alagoas está “falida” ou sem condições de crescer, por estar “endividada”, preferiu falar em soluções. “O fato é que se há dívida em algum momento tem que ser paga. É aí onde temos que fazer ajustes, que viabilizem que isso ocorra, mas sem comprometer ainda mais os cofres públicos”, definiu Santoro.
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