quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Quase 8% da população alagoana vive abaixo da linha de pobreza

LEVANTAMENTO. Índice é mais que o dobro da média nacional de 3,6%, segundo dados divulgados ontem

Por: MAURÍCIO GONÇALVES - REPÓRTER
 
 
Alagoas está abaixo da média em quase todos os índices de desenvolvimento traçados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como objetivos do milênio. O dado mais gritante é a taxa de pobreza extrema, com 7,9% da população vivendo com uma renda de R$ 70 por mês. É mais que o dobro da média nacional de 3,6% e também acima da média dos estados do Nordeste, que ficou em 7,3%.

O levantamento foi apresentado ontem pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), no auditório do Senai, no Poço. Diante dos índices adversos a superar, Maceió foi escolhida para sediar o lançamento regional do 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Segundo o levantamento da Presidência, o Brasil tem se destacado no cumprimento dos oito objetivos que contribuem para a melhoria da qualidade de vida do povo, sobretudo com as quedas nas taxas da fome e da miséria.

Já o estado de Alagoas não está abaixo da média nacional em apenas um dos objetivos estabelecidos pelo pacto das nações no ano 2000: o que mede os índices de Aids, malária, tuberculose e outras doenças. Os ODM foram estabelecidos “para dar resposta aos grandes problemas da humanidade questionados por meio de conferências internacionais na década de 90”.

Desde a divulgação do primeiro relatório, em 1990, todos os estados avançaram no cumprimento das metas, até mesmo Alagoas. Para a Presidência da República, isto “permite afirmar que o País deu importante contribuição ao progresso da humanidade na melhoria dos indicadores em nível mundial”.

No quesito pobreza extrema, que integra o ODM 1, Alagoas patinou durante 15 anos, com deslizes e tombos mostrados no percentual de pessoas com renda mensal abaixo de R$ 70. Com 20,6% em 1990, baixou para 18,0% em 1995, pulou para 22,6% em 2001 e cambaleou para 20,0% em 2005, numa dinâmica perversa de ioiô que trouxe o estado de volta à estaca zero. Até que vieram a consolidação de políticas no Estado como o Fome Zero, Bolsa-Família e Brasil sem Miséria, que afundaram a taxa para 7,9% em 2012.





FONTE: JORNAL GAZETA DE ALAGOAS

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