A partir de 2016 haverá novo modelo, com fundo branco e letra cinza.
Federação pretende criar placa preta secundária só para carros históricos.
Futura placa de carro de colecionador tem fundo branco, como todas, e se diferencia pela cor das
letras e números, em cinza (Foto: Divulgação/Ministério das Cidades)
letras e números, em cinza (Foto: Divulgação/Ministério das Cidades)
A padronização de placas para veículos dos países do Mercosul deverá
dar fim a uma tradição dos carros clássicos no Brasil: a placa preta. A
partir de 2016, todas as placas de circulação terão fundo branco. O que
vai diferenciá-las, entre outros itens, será a cor das letras e números.
No caso dos carros de coleção, eles serão prateados.
Atualmente, veículos que têm mais de 30 anos e atingem, no mínimo, 80
pontos (de um total de 100) em critérios de originalidade e conservação
podem obter uma certificação e utilizar placa preta.
É preciso também ser filiado a um dos 120 clubes de carros antigos
associados à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), que, por
sua vez, é credenciada pela Fédération Internationale des Véhicules
Anciens, a entidade máxima do antigomobilismo mundial.
Segundo o presidente da FBVA, Roberto Suga, atualmente há cerca de 17
mil veículos no Brasil com placa preta. Ela foi criada em 1998 e, até
2001, valia para carros com mais de 20 anos de fabricação; depois o
limite de "idade" foi aumentado para 30 anos ou mais.
Na placa preta, muitos carros exibem o ano de fabricação (Foto: G1)
Placa preta secundária
A federação, porém, pretende criar uma tradição com uma "nova" placa preta, que não será oficial: a de veículo histórico.
A federação, porém, pretende criar uma tradição com uma "nova" placa preta, que não será oficial: a de veículo histórico.
Ela será dada a "veículos de mais alto grau de originalidade e de valor
histórico significativo", adianta Suga. Será como um certificado, e não
poderá substituir a placa oficial no carro, mas poderá ser colocada
próxima da mesma.
Essa placa "premium" também terá números e letras, mas será menor do
que a placa oficial dos carros, "provavelmente em formato quadrado",
segundo Suga. A implementação deve começar no ano que vem, antes mesmo
da mudança de padrão no Mercosul.
A própria FBVA vai expedir a placa. Para recebê-la o carro antigo terá
de atender a critérios ainda mais rigorosos do que para a obtenção da
placa de colecionador. Eles deverão ser similares aos dos concursos de
elegância que existem no exterior.
"Todos os itens do carro devem funcionar. Se o carro tiver um relógio
de hora, por exemplo, se estiver funcionando, ele pode receber a placa
de veículo histórico; se não, não recebe", explica o presidente da FBVA.
Substituição
O Denatran informa que apenas veículos que serão emplacados a partir de 2016 seguirão o novo modelo com fundo branco, mas a federação acredita que a substituição atingirá, paulatinamente, todos os veículos. "Será como quando a placa cinza substituiu a amarela. Primeiro, foram os carros novos, depois foram trocando todos", diz Suga.
O Denatran informa que apenas veículos que serão emplacados a partir de 2016 seguirão o novo modelo com fundo branco, mas a federação acredita que a substituição atingirá, paulatinamente, todos os veículos. "Será como quando a placa cinza substituiu a amarela. Primeiro, foram os carros novos, depois foram trocando todos", diz Suga.
Além de registrar que se trata de um carro antigo, um clássico, a placa
de colecionador também permite algumas vantagens. O presidente da FBVA
lembra que, em São Paulo, veículos que tinham essa diferenciação não
precisaram passar pela inspeção veicular, que visava o controle de
emissão de poluentes.
Ferrari Mondial 1982 com placa preta exibida no AutoEsporte ExpoShow (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Tipos de placas se diferenciarão pela cor das letras (Foto: Divulgação/Ministério das Cidades)
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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