Filha postou homenagem a Miltinho na internet (Foto: Reprodução / Facebook)
O corpo do cantor Milton Santos de Almeida, o "Miltinho", foi cremado
por volta das 17h desta segunda-feira (8), no Memorial do Carmo, no
Caju, na Zona Portuária do Rio. Neste domingo (7) Miltinho sofreu uma
parada cardíaca no Hospital do Amparo, no Rio Comprido, na Zona Norte,
após ficar internado por dois meses na unidade para tratar um problema
pulmonar. Ele é autor de sucessos como "Mulher de 30" e já gravou com
nomes como Chico Buarque e João Nogueira. O cantor morreu aos 86 anos.
Ele deixa três filhos e cinco netos. Familiares preferiram não falar com
a imprensa durante o velório.
Com a música “Mulher de 30”, Miltinho ganhou o reconhecimento do
público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de
televisão da época.
O sambista também animou carnavais com marchinhas como "Nós os
carecas". No aniversário de 70 anos, em 1998, lançou o CD "Miltinho
Convida", com elenco de alguns de seus aprendizes confessos, como João
Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia, Chico Buarque, entre outros. Já
gravou também com Zeca Pagodinho, Elza Soares, Martinho da Vila, Ed
Motta e Mariana Baltar. Como intérprete, lançou João Nogueira e Luiz
Ayrão.
'Rei do Ritmo'
"Mulata assanhada", “Palhaçada”, “O conde”, “Laranja madura”, “Volta” e “Menino moça” são outros de seus sucessos, que lhe renderam o apelido de "Rei do Ritmo". "A vida, a meu ver, como ritmista, é um ritmo. Você tem ritmo para andar, para pegar ônibus... Se bobear, tropeça e cai", disse o cantor em entrevista para o documentário "No tempo do Miltinho" (2008), de André Weller. "Eu não sou astro de coisa nenhuma. Sou apenas um mero cantor de samba. O que me honra muito", definiu-se.
"Mulata assanhada", “Palhaçada”, “O conde”, “Laranja madura”, “Volta” e “Menino moça” são outros de seus sucessos, que lhe renderam o apelido de "Rei do Ritmo". "A vida, a meu ver, como ritmista, é um ritmo. Você tem ritmo para andar, para pegar ônibus... Se bobear, tropeça e cai", disse o cantor em entrevista para o documentário "No tempo do Miltinho" (2008), de André Weller. "Eu não sou astro de coisa nenhuma. Sou apenas um mero cantor de samba. O que me honra muito", definiu-se.
Também no filme, vencerdor do prêmio de melhor curta brasileiro no
festival É Tudo Verdade de 2009, Elza Soares, uma de suas parceiras,
elogia: "A divisão de Miltinho, acho que ele tem ritmo até na ponta da
orelha (...) Para mim, ele é único."
De acordo com a filha de Miltinho, ele havia parado de fazer shows há
quatro anos, desde quando foi diagnosticado com princípio do mal de
Alzheimer.
“Hoje, no horário de visita, a médica nos chamou para dizer que ele
tinha falecido por volta das 16h. A gente nem está tendo cabeça para
avisar aos amigos e parentes. Por mais preparado que a gente acha que
vai estar, a gente nunca está de fato preparado”, disse ao G1 Sandra,
muito abalada.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário