Brasil começa mal, sofre com pressão da
torcida, mas acorda em Goiânia. Ele, Daniel Alves, Hulk e Willian
marcam no penúltimo teste antes da Copa
A CRÔNICA
por
Leandro Canônico
A emoção do hino, o nervosismo dos primeiros minutos, a cobrança do
chefe, a impaciência da torcida e a necessidade do protagonismo do seu
principal craque. E no embalo de Neymar, carregada por ele, a seleção
brasileira venceu com facilidade o Panamá por 4 a 0 na tarde desta
terça-feira, no Serra Dourada, em Goiânia. Se o time de Felipão passou
por bons testes para a Copa do Mundo na partida, eles serviram para
destacar o que já não era segredo: a importância do camisa 10 para a
sintonia do grupo.
Ele, Daniel Alves, Hulk e Willian construíram a goleada verde e
amarela. Mas antes disso, a torcida perdeu a paciência com 26 minutos de
um futebol ruim e sem sequer um chute a gol. Sob a batuta de Neymar,
porém, o Brasil cresceu. A ponto de convencer o mesmo torcedor que vaiou
a aplaudir e gritar “olé” a cada passe dos jogadores mais para o final
do duelo. Foram 31.871 presentes. E não só os brasileiros reverenciaram.
Após o apito final, os próprios jogadores panamenhos pediram para tirar
fotos com o craque brasileiro.
Na próxima sexta-feira, a menos de uma semana da estreia na Copa do Mundo, a seleção brasileira faz o último teste antes do Mundial. Às 16h tem duelo com a Sérvia, no estádio do Morumbi, em São Paulo. E no dia 12, contra a Croácia, o tão esperado debute na Arena Corinthians, também na capital paulista.
Vaias despertam a Seleção
Quatro minutos foram suficientes para irritar Felipão. Logo o técnico
estava à beira do gramado, de braços abertos, reclamando do
posicionamento do time. Justo! A seleção brasileira começou mal demais.
Erros bobos de passe, pouca criação, apatia... Nem parecia aquele time
forte e compacto da Copa das Confederações.
Bem fechado, sem dar espaços, o Panamá criou uma dificuldade que talvez a Seleção não estivesse esperando. Isso gerou nervosismo, refletido em dura falta cometida por David Luiz em Tejada, no meio de campo, bem longe do gol. Amarelo para ele. Mais adiante, Neymar tentou fazer firula e levou encarada de Baloy. Nada dava certo.
Na arquibancada, os gritos de incentivo ainda predominavam. Mas só até os 23 minutos. Depois de lançamento errado de David Luiz, a torcida jogou a paciência longe e vaiou o time de Felipão. A irritação do torcedor fez bem. Principalmente a Neymar. O atacante logo acordou e foi para cima dos panamenhos.
E aos 26 minutos, em cobrança de falta sofrida por ele mesmo, Neymar abriu o placar. Foi o primeiro chute do jogo. Com perfeição, o atacante fez o gol de número 200 da carreira, segundo conta do estafe do jogador, que leva em consideração, por exemplo, gol pelas categorias de base da Seleção. Com o craque mais solto, o time todo rendeu melhor. Daniel Alves, então, arriscou da entrada da área, aos 39, e ampliou: 2 a 0. Ao apito final do primeiro tempo, aplausos.
Tempo de testar
Com direito a seis substituições no amistoso, Felipão decidiu fazer logo três no intervalo: Maicon no lugar de Daniel Alves, Maxwell na vaga de Marcelo, e Hernanes na de Ramires. Nem deu tempo do torcedor avaliar direito quem entrou. Com um minuto, Hulk recebeu ótimo passe de Neymar e fez o terceiro.
Mais à vontade e aproveitando a marcação frouxa dos panamenhos, a Seleção se soltou de vez. Sempre com Neymar de protagonista. Na defesa, Julio César ainda não tinha trabalhado. Teve de se mexer aos dez minutos. E levou um susto. Após cabeçada de Quintero, o goleiro escorregou. Mesmo assim conseguiu defender.
O reflexo de que a seleção brasileira fazia uma melhor partida no segundo tempo foi a ausência de Felipão na área técnica. Durante a maior parte da etapa final, o treinador ficou mais sentado, sem avançar muito à beira do campo. E seguiu com os testes, como Jô na vaga de Fred, Willian na de Oscar e Henrique na de David Luiz.
Dentre eles, Willian se destacou até com um gol aos 27 minutos. Neymar iniciou a jogada com Maxwell, que com toque para trás deixou o meia do Chelsea na cara do gol. Mesmo em um amistoso, ainda houve tempo para o árbitro Raul Orosco protagonizar um lance curioso. Depois de marcar mão de Gomez na área, o que seria pênalti, e expulsar o panamenho, ele voltou atrás na decisão.
A torcida, no entanto, não se importou. Com a goleada construída, e o jogo já dominado completamente pelo Brasil, virou só festa para os torcedores goianos, que gritaram até olé.
David Luiz foi aplaudido ao ser substituído, Neymar ovacionado depois de bicicleta... Agora, o teste é diante da exigente torcida paulista. E a Seleção precisa melhorar.
Na próxima sexta-feira, a menos de uma semana da estreia na Copa do Mundo, a seleção brasileira faz o último teste antes do Mundial. Às 16h tem duelo com a Sérvia, no estádio do Morumbi, em São Paulo. E no dia 12, contra a Croácia, o tão esperado debute na Arena Corinthians, também na capital paulista.
Vaias despertam a Seleção
Neymar comemora o primeiro gol contra o Panamá (Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)
Bem fechado, sem dar espaços, o Panamá criou uma dificuldade que talvez a Seleção não estivesse esperando. Isso gerou nervosismo, refletido em dura falta cometida por David Luiz em Tejada, no meio de campo, bem longe do gol. Amarelo para ele. Mais adiante, Neymar tentou fazer firula e levou encarada de Baloy. Nada dava certo.
Na arquibancada, os gritos de incentivo ainda predominavam. Mas só até os 23 minutos. Depois de lançamento errado de David Luiz, a torcida jogou a paciência longe e vaiou o time de Felipão. A irritação do torcedor fez bem. Principalmente a Neymar. O atacante logo acordou e foi para cima dos panamenhos.
E aos 26 minutos, em cobrança de falta sofrida por ele mesmo, Neymar abriu o placar. Foi o primeiro chute do jogo. Com perfeição, o atacante fez o gol de número 200 da carreira, segundo conta do estafe do jogador, que leva em consideração, por exemplo, gol pelas categorias de base da Seleção. Com o craque mais solto, o time todo rendeu melhor. Daniel Alves, então, arriscou da entrada da área, aos 39, e ampliou: 2 a 0. Ao apito final do primeiro tempo, aplausos.
Daniel Alves e Hulk também deixaram sua marca em Goiânia (Foto: Wander Roberto/VIPCOMM)
Com direito a seis substituições no amistoso, Felipão decidiu fazer logo três no intervalo: Maicon no lugar de Daniel Alves, Maxwell na vaga de Marcelo, e Hernanes na de Ramires. Nem deu tempo do torcedor avaliar direito quem entrou. Com um minuto, Hulk recebeu ótimo passe de Neymar e fez o terceiro.
Mais à vontade e aproveitando a marcação frouxa dos panamenhos, a Seleção se soltou de vez. Sempre com Neymar de protagonista. Na defesa, Julio César ainda não tinha trabalhado. Teve de se mexer aos dez minutos. E levou um susto. Após cabeçada de Quintero, o goleiro escorregou. Mesmo assim conseguiu defender.
O reflexo de que a seleção brasileira fazia uma melhor partida no segundo tempo foi a ausência de Felipão na área técnica. Durante a maior parte da etapa final, o treinador ficou mais sentado, sem avançar muito à beira do campo. E seguiu com os testes, como Jô na vaga de Fred, Willian na de Oscar e Henrique na de David Luiz.
Dentre eles, Willian se destacou até com um gol aos 27 minutos. Neymar iniciou a jogada com Maxwell, que com toque para trás deixou o meia do Chelsea na cara do gol. Mesmo em um amistoso, ainda houve tempo para o árbitro Raul Orosco protagonizar um lance curioso. Depois de marcar mão de Gomez na área, o que seria pênalti, e expulsar o panamenho, ele voltou atrás na decisão.
A torcida, no entanto, não se importou. Com a goleada construída, e o jogo já dominado completamente pelo Brasil, virou só festa para os torcedores goianos, que gritaram até olé.
David Luiz foi aplaudido ao ser substituído, Neymar ovacionado depois de bicicleta... Agora, o teste é diante da exigente torcida paulista. E a Seleção precisa melhorar.
Neymar sofre com a marcação de três panamenhos no Serra Dourada (Foto: AFP)
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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