A presidente Dilma Rousseff decidiu convidar
ex-presidentes brasileiros para acompanhá-la em viagem a Johannesburgo,
onde será celebrada uma missa em homenagem ao líder sul-africano Nelson
Mandela, morto quinta-feira, 5, após uma infecção pulmonar.
José Sarney (PMDB-AP), Fernando Henrique Cardozo (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmaram a ida. Segundo a reportagem apurou, o senador Fernando Collor (PTB-AL) também irá integrar a comitiva brasileira. Eles irão participar de uma solenidade prevista para ocorrer na terça-feira, 10, no Estádio FNB (Soccer City), que deve reunir um dos maiores contingentes de autoridades estrangeiras da história. São esperados chefes de Estado de todo o mundo.
O roteiro do Palácio do
Planalto prevê que uma aeronave da Força Aérea Brasileira saia de
Brasília na manhã desta segunda-feira, 9, já com Sarney e Collor, rumo a
São Paulo, onde embarcará Lula. De São Paulo, o grupo segue para o Rio
de Janeiro, onde se encontram com Dilma, que participa de evento
promovido pela Bill Clinton Global Initiative no Copacabana Palace. O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também embarca no Rio junto com a
comitiva presidencial.
Será a primeira vez que Dilma,
Lula, FHC, Collor e Sarney se reúnem em um mesmo evento desde que foi
instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto em
maio de 2012. A última viagem internacional de ex-presidentes ocorreu em
abril de 2005, quando Lula, FHC, Itamar Franco e Sarney estiveram
juntos para participar do funeral do Papa João Paulo II.
Em
novembro de 1996, FHC fez a primeira visita de um chefe de Estado
brasileiro à África do Sul, sendo recebido pelo então presidente
Mandela. O ex-presidente afirmou, na sua página pessoal no Facebook, que
Mandela foi o "mais impressionante" entre todos os líderes que
conheceu.
"Com a morte de Nelson Mandela perdemos o maior
símbolo vivo da luta pela dignidade humana, pela liberdade e pela
democracia. Sua altivez, seu antirracismo e sua generosidade ajudaram
decisivamente a terminar com o apartheid na Africa do Sul", disse FHC.
Em
nota divulgada à imprensa, Lula afirmou que Mandela é "um exemplo de
determinação, de perseverança e de quanto é importante a disposição para
o diálogo entre os homens". "Será sempre o maior símbolo mundial na
busca da paz, da democracia e da inclusão social. O Brasil e o mundo
estão de luto. 'Madiba' se foi, mas deixou para todos nós os seus
ensinamentos inesquecíveis.", disse Lula.
A presidente
decretou sete dias de luto pela morte de Mandela, conforme decreto
publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União da última
sexta-feira, 6. Em nota, lamentou a morte de Mandela, a "personalidade
maior do século 20".
A ida à missa na África do Sul fez o
Palácio do Planalto cancelar três eventos previstos para o início da
semana em Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná. Na segunda-feira
passada, a presidente acompanhou o velório do governador licenciado de
Sergipe, Marcelo Déda. No início do ano, viajou a Caracas para as
cerimônias fúnebres de homenagem ao ex-presidente venezuelano Hugo
Chávez e, em março de 2011, acompanhou o velório do ex-vice-presidente
José Alencar.
FONTE: YAHOO BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário