No teste para os reservas, Dedé faz um gol, e Brasil vence Zâmbia: 2 a 0
Zagueiro marca ponto na briga por uma vaga entre os 23 convocados para a Copa de 2014. Ramires, Lucas Moura e Alexandre Pato são substituídos no intervalo
os lancesConfira os melhores momentos da vitória brasileira em Pequim
OS GOLSNo segundo tempo, Dedé e Oscar balançam as redes
FALA, DEDÉ!'Coloquei como o jogo da minha vida', revela
o zagueiro após gol
O
amistoso contra a limitada Zâmbia, no Ninho do Pássaro, em Pequim, era
um teste para os reservas da Seleção mostrarem serviço na busca de uma
vaga para a Copa de 2014. Esperava-se um Alexandre Pato participativo,
vibrante. Um Lucas veloz, perigoso. Um Ramires dinâmico. E que Lucas
Leiva, Dedé e Maxwell entrassem em campo com os dentes trincados - o
goleiro Diego Cavalieri nem conta, foi pouco exigido. Mas foi o zagueiro
do Cruzeiro, ao marcar de cabeça o segundo gol aos 20 minutos, quem
aproveitou melhor a oportunidade. E isso aconteceu depois de Felipão ter
devolvido à equipe alguns titulares. Entre eles, Oscar, que com 13
minutos do segundo tempo, em bela jogada individual e com a sorte de a
bola resvalar no zagueiro, abriu o caminho para a vitória de 2 a 0.
Mais
importante que o modesto resultado desta terça-feira foi ver que ainda
há vagas abertas na Seleção. Não há, por exemplo, um reserva para Oscar
na armação das jogadas. Pato, Lucas e Ramires saíram no intervalo sob o
olhar de desconfiança e precisam de mais chances. Hernanes, Henrique e
Bernard também entraram na segunda etapa e, com pouco tempo em campo,
ainda serão avaliados. Lucas Leiva cumpriu seu papel, burocraticamente.
Maxwell não comprometeu e pode ter até garantido sua vaga na lateral,
mas lhe falta a desenvoltura no apoio tão marcante em Marcelo.
Os
próximos jogos que servirão de teste para Felipão avaliar o elenco
serão em novembro. No dia 16, em Miami, provavelmente contra Honduras. E
no dia 19, diante da Rússia, em Toronto, no Canadá. Tudo vai depender
da classificação direta de ambas para a Copa do Mundo.
Ajoelhado, Dedé chora e vibra com primeiro gol pela seleção brasileira (Foto: Mowa Press)
Decepção
Foi um primeiro tempo frustrante. Contra uma Zâmbia limitada e pouco agressiva, os reservas do Brasil ficaram devendo. Os defensores foram pouco exigidos, principalmente Diego Cavalieri, que fez apenas uma defesa, num chute fraco. Sem um garçom no meio-campo para servir o ataque, com meio-campo de três volantes e uma saída de bola lenta, ficou difícil mostrar um futebol veloz e cheio de opções, apesar de Neymar ter mantido a sua média e algumas chances até terem sido criadas.
Foi um primeiro tempo frustrante. Contra uma Zâmbia limitada e pouco agressiva, os reservas do Brasil ficaram devendo. Os defensores foram pouco exigidos, principalmente Diego Cavalieri, que fez apenas uma defesa, num chute fraco. Sem um garçom no meio-campo para servir o ataque, com meio-campo de três volantes e uma saída de bola lenta, ficou difícil mostrar um futebol veloz e cheio de opções, apesar de Neymar ter mantido a sua média e algumas chances até terem sido criadas.
A
Seleção seguiu a cartilha lógica de quem entrou com um time muito
mexido e tem um craque como Neymar: explorá-lo o máximo possível. Com
sua criatividade e seus dribles, ficaria mais fácil abrir a defesa
adversária. E foi depois de um daqueles de seu variado cartel que o
camisa 11 sofreu a falta, ao receber a bola de Lucas, logo aos dois
minutos. Na cobrança, cada vez mais apurada, a bola estourou o
travessão. O goleiro Mweene ainda se esticou para, com um soco, evitar
um rebote.
Contra
um adversário cujo ponto forte definitivamente não é a marcação, estava
fácil para o Brasil atacar, ainda que com tantas mudanças no time.
Daniel Alves subia sem culpa e arriscou de fora da área, com perigo. A
Seleção adiantava a marcação, e o goleiro Mweene errou ao sair jogando.
Pato, lento, perdeu a oportunidade clara de abrir o placar.
O
jogo tinha cara de goleada, e estava tão fácil que a Seleção começou a
complicar perdendo tantos gols. Mais avançado, Ramires também queria
mostrar serviço. Recebeu com carinho de Neymar e ficou livre, mas
desperdiçou a chance. Lucas Moura, outro que corre contra o tempo para
assegurar seu lugar, também arriscou um bom chute, com perigo, mas sem
sucesso. Quatro chances perdidas em 16 minutos.
A Zâmbia bem
que tentava, mas esbarrava nas suas limitações e no nervosismo. Dedé nem
era tão exigido assim. Na lateral esquerda, faltava a Maxwell a vocação
do apoio tão nítida em Marcelo. Apenas uma vez em 45 minutos o lateral
foi ao fundo para centrar na cabeça de Neymar, que mandou pelo alto.
Lucas
Leiva limitava-se muito a uma marcação até desnecessária diante do
fraco adversário, mas correspondia. Dedé se saía bem no duelo com os
atacantes, mas não dava para medir forças. No meio, Paulinho, titular
absoluto, era quem mais aparecia com louvor, ao lado de Neymar. Ramires
até que se esforçou. Pato e Lucas Moura ficaram devendo. E o primeiro
tempo terminou com o mesmo personagem do começo como destaque. Neymar,
sempre ele, disparando rumo ao gol. Sem receber falta, mandou cruzado de
canhota, exigindo bela defesa do esforçado Mweene, àquela altura a
maior figura de Zâmbia. Aos 43 minutos, a Seleção tinha o seu melhor
momento, numa jogada individual. Era necessário muito mais no Ninho do
Pássaro.
Ao fim do primeiro tempo, Neymar discute com jogadores de Zâmbia (Foto: Mowa Press)
Dedé chora no gol
Felipão mostrou que não ficou satisfeito ao mexer no intervalo. Sacou de uma vez só Ramires, Pato e Lucas Moura para devolver ao time Oscar, Hulk e Jô. Bastou para a Seleção encontrar o seu jogo de toques e rápidos deslocamentos.
Felipão mostrou que não ficou satisfeito ao mexer no intervalo. Sacou de uma vez só Ramires, Pato e Lucas Moura para devolver ao time Oscar, Hulk e Jô. Bastou para a Seleção encontrar o seu jogo de toques e rápidos deslocamentos.
O goleiro Mweene voltou a brilhar, salvando
chances de Daniel Alves e David Luiz (em cobrança de falta) O time
encaixou melhor. Oscar fez bela jogada individual pela meia esquerda e
bateu com efeito. A bola ainda tocou na zaga e encobriu o goleiro: 1 a 0
Brasil.
Neymar dava elástico, Paulinho batia de longe. Ao
menos a Seleção mostrava a disposição e algumas boas jogadas das últimas
partidas. Hernanes entrava no lugar de Paulinho e David Luiz. Aos 20,
em cobrança de falta pela esquerda, Neymar centrou na cabeça de Dedé,
que não desperdiçou a chance: era o segundo gol do Brasil e um ponto a
favor para o zagueiro do Cruzeiro, que chorou na comemoração.
Pouco
depois, ele ganhava a companhia de Henrique, que entrou no lugar de
David Luiz. A Zâmbia não oferecia o menor perigo, e Bernard, na vaga de
Neymar, já apagado, fazia sua boa jogada com Maxwell e Oscar. O camisa
11 limpou e bateu nas mãos de Mweene, um dos destaques da partida, que
foi até os 51 minutos, sem muitas novidades.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 2 x 0 ZÂMBIA
BRASIL Diego Cavalieri, Daniel Alves, Dedé, David Luiz (Henrique) e Maxwell; Lucas Leiva, Paulinho (Hernanes), Ramires (Oscar) e Lucas Moura (Hulk); Neymar (Bernard) e Alexandre Pato (Jô).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
BRASIL 2 x 0 ZÂMBIA
BRASIL Diego Cavalieri, Daniel Alves, Dedé, David Luiz (Henrique) e Maxwell; Lucas Leiva, Paulinho (Hernanes), Ramires (Oscar) e Lucas Moura (Hulk); Neymar (Bernard) e Alexandre Pato (Jô).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
ZÂMBIA
Mweene, Chongo Kabaso (Chisenga). Bronson Chama, Himoonde e Mbola;
Mtonga, Lungu, Tembo e Mayuka (Chamanga); Katongo (Musonda) e Jacob
Mulenga (Roger Kola).
Técnico: Patrice Beaumelle.
Técnico: Patrice Beaumelle.
Gols: no segundo tempo, Oscar, aos 13, e Dedé, aos 20 minutos.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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