Existem vários tipos de insônia e para cada uma delas, um tratamento.
Por isso, é importante identificar a causa para depois optar pelo remédio.
Demorar para pegar no sono, acordar durante a noite ou sentir que o sono não foi reparador são alguns dos sinais que podem ajudar no diagnóstico de insônia. Estima-se que um a cada cinco adultos sofram com esse distúrbio.
No entanto, como explicou a neurologista Andrea Bacelar no Bem Estar desta sexta-feira (9), existem diversos tipos do problema e, para cada um deles, um tratamento específico. Por isso, identificar a causa e saber se está relacionada a uma doença física, mental ou a um fator ambiental é o primeiro passo para a solução.
Por exemplo, existem pessoas que não conseguem dormir com claridade e, segundo a neurologista, isso acontece porque a luz inibe a produção de melatonina, hormônio que nos faz dormir. Nesses casos, até mesmo a luz de aparelhos eletrônicos ou pequenas frestras de portas e janelas são suficientes para atrapalhar o sono – a dica, nesse caso, é usar uma fita isolante, um pano ou até mesmo um tapete para cobrir e, assim, dormir melhor.
Outro fator que pode atrapalhar é o barulho – ronco do marido, buzinas, sirenes, choro do filho, o barulho da máquina de lavar ou até mesmo os passos do vizinho de cima podem atrapalhar o sono. Por isso, nesse caso, a dica é usar protetores auriculares, vendidos em lojas de material de construção ou decoração, que são descartáveis e mais duráveis, por preços que vão de R$ 1 a R$ 10.
Há ainda quem se incomode com o calor ou frio em excesso na hora de dormir e, nessa situação, a recomendação da neurologista Andrea Bacelar é tomar um banho morno ou até frio já que ficamos mais sonolentos quando a temperatura do corpo está baixa. Além disso, é importante prestar atenção na escolha do colchão ou travesseiro – nesse caso, não há muitas regras e a recomendação é que os objetos sejam escolhidos de acordo com os gostos e preferências de cada um.
Para ajudar a identificar os sinais que indicam que a insônia é causa por algum desses transtornos, é importante avaliar se ao se deitar, a pessoa tem pensamentos negativos; se na hora de dormir, não consegue se desligar das obrigações e se ela desperta de madrugada sem motivo aparente.
Em alguns casos, existem o que os médicos chamam de “sintomas despertadores”, que significam que a insônia é causada por um problema físico, passageiro e, na maioria das vezes, tratável. Por exemplo, acordar com vontade de urinar, dor, excesso de suor, coração acelerado, queimação na garganta, sede ou boca seca são sinais de alerta e que devem ser encaminhados a um médico.
Para melhorar o sono, é importante ainda evitar algumas coisas antes de dormir, como cafeína, atividade física, celular, internet e também preocupações do dia a dia. Em alguns casos, as pessoas recorrem a medicamentos para ajudar a pegar no sono, mas é preciso tomar cuidado já que é muito comum tomarem remédios que não foram feitos para dormir, mas que têm a sonolência como efeito colateral, como é o caso da empresária Cristina Gonzalez Rodriguez, mostrada na reportagem do Phelipe Siani.
Como alertou a farmacêutica Nádia Bou-Chacra, o uso contínuo desses medicamentos, como relaxantes musculares, antialérgicos, ansiolíticos ou remédios para enjoo, por exemplo, pode provocar arritmias e trazer conseqüências perigosas para o organismo, como até mesmo dependência.
*O apresentador Fernando Rocha tira dúvidas dos internautas com a neurologista Andrea Bacelar.
Por isso, é importante optar pelos medicamentos corretos, como hipnóticos de curta ou longa duração, antidepressivos (no caso de insônia causada por depressão ou ansiedade) ou até fitoterápicos, que ajudam a melhorar quadros leves do problema.
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