Família cogitou possibilidade de desconectar máquina que o mantém vivo.
Ex-presidente sul-africano está hospitalizado há quase um mês em Pretória.
"Ele está em um estado vegetativo permanente e respira por aparelhos. A expectativa de uma morte iminente está baseada em motivos reais e graves", escreveram quinze membros da família, incluindo sua esposa Graça Machel e sua filha mais velha Makaziwe, na queixa apresentada contra Mandla, o neto de Mandela que exumou os restos mortais de três filhos do herói da luta contra o apartheid.
A queixa, que termina com a frase "eles esperam enterrar seu pai e avô", foi apresentada ao tribunal na quinta-feira, 27 de junho, um dia antes do início da audiência.
A presidência sul-africana anunciou, na noite de 26 de junho, que o presidente Jacob Zuma havia cancelado uma viagem a Moçambique, levantando temores de que o pior poderia acontecer com o paciente.
Em seguida, a presidência afirmou que o estado de saúde de Mandela era "crítico, mas estável", avaliação que segue sendo repetida até agora.
A presidência ainda não comentou o conteúdo do documento divulgado nesta quinta.
Mandela, de 94 anos, está há quase um mês internado em um hospital de Pretória, onde se internou para tratamento de uma infecção pulmonar.
Graça Machel
O tom desse documento contrasta com as declarações da esposa de Mandela, Graça Machel, que afirmou na manhã desta quinta que seu marido não tem sofrido.
"Há 25 dias estamos no hospital. Embora Madiba nem sempre esteja bem, não sofreu em nenhum momento", declarou à imprensa em uma coletiva de imprensa da Fundação Mandela, em Johannesburgo.
Com base na queixa apresentada pelos familiares de Mandela, o tribunal de Mthatha determinou na quarta que o neto mais velho do herói nacional, Mandla, devolva os corpos de seu pai, tia e tio para Qunu.
Mandla decidiu sozinho em 2011 transferir os restos mortais ao povoado natal de seu avô, Mvezo, do qual é o chefe tradicional.
FONTE: G1 - O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO
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